segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Poemas estrangeiros

Aqui estão três poemas feitos lá fora, os dois primeiros em Kandersteg e o último em Madrid (que foi escrito num guardanapo).

Digo que não, juro-me que não

Digo que não, juro-me que não
Mas acaba sempre por acontecer
Digo que fico por acordado
Mas, sem ter sequer notado
Acabo sempre por adormecer

Digo que não, juro-me que não
Mas é sempre o mesmo sonho (e por vezes nem me deito)
Sonho que passeio de mão dada
Não com a amiga, mas com a namorada
Num mundo que me parece perfeito

Digo que não, juro-me que não
Mas é sempre isso que acredito
E por mais que seja expectativa criada
Sei perfeitamente que não é, na verdade, nada
E fico, por dentro, partido

Digo que não, juro-me que não
Mas quando acordo, e vejo o que está mesmo à frente
Fico de coração estilhaçado
E pareço uma pessoa diferente

Por Vezes

Por vezes fico a pensar
Em tudo o que me acontece
As conversas, as sensações
Os sentimentos e emoções
E tudo mais que me adormece

Por vezes preferia não ter sensações
Os tão conhecidos cinco sentidos
Preferia não ter visão, olfacto
Não ter gosto nem tacto
E que não entrasse um som nos meus ouvidos

Por vezes preferia não sentir
Não ser capaz de querer ou gostar
Mas aquilo que não queria
(E que acontece todo o dia)
Era ser capaz de amar

Segurança

Pensam muita coisa de mim
Porém isso não me importa
Muito me chamam em qualquer sítio onde vou
Mas sei perfeitamente quem e como sou
E é isso que me conforta

Pensam muita coisa de mim
Talvez até que não sei raciocinar
Mas sei que o sei fazer
Melhor que alguns que, ao escrever
Nem se lembram de pontuar

Pensam muita coisa de mim
Chegam até a chamar-me de atado
Mas sei que não corro esse perigo
Pois sou certamente mais íntegro
Que um traficante drogado

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Firmes na Fé

De volta de uma peregrinação para a qual  estava com muitas dúvidas se deveria ir, dou agora graças a ter lá estado presente.

Foram 5 dias que serviram para tornar mais forte a minha fé, para me aperceber que não estou sozinho, que há muitos mais milhares de jovens como eu. Que não são apenas os jovens de hoje que apostam na igreja, mas principalmente a igreja de hoje que aposta nos jovens. Que o futuro da igreja não está perdido, mas sim garantido. Que Deus existe, e que não pode ser de outra forma. Foram 5 dias que me fizeram ter a certeza do caminho que devo seguir.

Sou católico, acredito que Deus me ama e que enviou o seu filho para me salvar. E não tenho medo de o admitir. Eu e outro milhão de jovens, pelo menos.

Isto faz de mim parvo ou estúpido? Que faça. Como já disse, tenho mais um milhão do meu lado.