quinta-feira, 28 de julho de 2011

Confusão

Ontem à tarde queria escrever sobre uma coisa. Quando me fui deitar queria escrever sobre outra coisa. Quando acordei, queria escrever sobre ainda outra coisa. E, há umas horas, o assunto sobre o qual escreveria já era outra coisa totalmente diferente.

Neste momento, apenas vai confusão na minha cabeça. São demasiados problemas, demasiados inconvenientes, demasiadas dúvidas: e nenhuma solução. Não consigo dedicar a minha total atenção a nada, a minha mente divaga de um lado para outro, de problema em problema.

Certezas, sonhos, alimentação. (sim, parece ridículo, mas não é)

Nestas alturas, eu tenho a certeza que não devia pensar. Ou sentir.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

E agora, tenho medo...

Olhando para trás, e analisando os meus sonhos mais recentes, consigo notar um "padrão". Embora os sonhos sejam uma estupidez (e cada sonho uma estupidez diferente), têm havido duas pessoas, que aparecem em todos os sonhos, que se têm aproximado, e aproximado, e aproximado...

A questão é que, como já expliquei, estes sonhos mostram uma situação que nunca irá acontecer. Como tal, cada sonho traz uma nova desilusão, um novo motivo para não estar a cem por cento, mais uma razão para ter de continuar a repetir a todos os momentos "Esquece, não vai acontecer".

Se no último sonho houve uma declaração, o que acontecerá esta noite?

Esta noite...

Costa da Caparica. Tinha-se reunido um grupo para fazer uma espécie de pré-revolução contra o actual regime. O objectivo do dia era espalhar a mensagem ao máximo de pessoas possível, sem que nos encontrassem.

E lá fomos, cada um para seu lado. Percorri ruas, corredores de escritórios, salas de espera, hipermercados. De quando em vez cruzava-me com mais uns membros do grupo, que ajudava como todo a gosto a escapar a alguma situação ou a passar por alguma porta.

Tinha chegado a noite. A certa altura, ouvem-se comemorações. Certamente a missão tinha sido cumprida com sucesso. Decido então voltar ao ponto de encontro e, no caminho passo por um pequeno jardim, que consistia num espaço relvado com uma ou duas árvores. Aí estava ela. Digo-lhe olá e páro ali na relva, sentado, a fazer alguma coisa. A certa altura, apercebo-me que ela tinha estado a olhar para mim. "Gosto de te ver a fazer isso.", diz-me ela. Passado uns momentos, ela vira-se para mim e diz:

"João, gosto de ti."

quarta-feira, 20 de julho de 2011

"Como toda a gente eu vou sonhar"...

Segundo a definição e o senso comum, o acto de sonhar é algo que acontece durante o sono. Onde o nosso subconsciente nos mostra toda uma série de coisas, desde coisas que aconteceram a coisas que nunca aconteceram e provavelmente nunca irão acontecer.

Começo aqui a minha lista de queixas ao meu subconsciente (e espero que ele leia este blogue). Se são coisas que nunca vão acontecer, porque é que ele faz questão que passem pela minha cabeça? E se fossem coisas completamente disparatadas e sem significado, tudo bem. Agora coisas disparatadas MAS com significados não dá muito jeito.
Ah, e agradecia uma explicação para o facto de, entre todas as pessoas que conheço e já me cruzei com, haver uma pessoa que está sempre nos meus sonhos. A sério, quero uma explicação. É que a forma de essa pessoa aparecer pode-se limitar a um cameo, mas está sempre lá. Todas as noites. Há mesmo necessidade disto?

Mas as minhas queixas não acabam aqui, o meu subconsciente tem feito muita porcaria ultimamente. E esta queixa endereço também ao meu consciente, que deve ter uma parceria com o meu subconsciente ou assim. Não me bastam os sonhos disparatados a dormir, é mesmo preciso os sonhos não-disparatados que tenho quando estou acordado? É que se enquanto estou a dormir os sonhos não me incomodam, enquanto estou acordado deixam algum rasto. E ainda por cima o sonho é sempre o mesmo: vejo sempre uma situação que quero mas sei que nunca acontecerá. E, uma vez mais, lá aparece a tal pessoa. Há mesmo necessidade disto?

Caso o meu subconsciente venha ler isto, agradeço de facto umas quantas explicações, de prefêrencia para o meu e-mail.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Calhou.

Existe um espaço na Internet que peca por não ter uma categoria onde entre. Não é um blogue, embora pareça, não é um diário, não é um fotolog, não é um jornal, não é um site.
Peca também por não ter um tema que o caracterize. Não é sobre desporto, sobre cinema, sobre música, sobre fotografia, sobre televisão, sobre saúde, sobre informática, sobre electrónica, sobre lamechices dos autores, sobre vampiros nem sobre feiticeiros.
E peca ainda por ser escrito por duas pessoas cujas conversas conseguem ser ainda mais esquisitas do que este conceito de espaço na Internet.
É um espaço que fala exactamente sobre tudo e mais alguma coisa e simultaneamente de nada de concreto. Um blogue diferente, ousado, descontextualizado e simplesmente ridículo. Um blogue que ofende os outros blogues por se chamar de blogue. Um blogue que não é, nunca foi e nunca será.
So Random.

Humor em Portugal: um ponto de situação feito por um gajo que tenta ter piada mas não consegue.

hu.mor
  1. forma de entretenimento e de comunicação humana
  2. qualidade cómica ou absurda de uma situação, que a torna engraçada

Nestes momentos de anunciada crise (tanto económica como de valores), não há nada que caia melhor a um português do que uma boa gargalhada. O que temos nós por cá para nos ajudar a cumprir esse objectivo? Vou, uma vez mais, armar-me em crítico sem qualificações e fazer um ponto da situação.

Na Televisão

Neste momento, o humor que há na televisão portuguesa encontra-se em 3 canais: os 2 canais da RTP e o canal Q, exclusivo da MEO.

Último a Sair
A fórmula deste programa é muito simples: é um reality show... que é ficção. É uma sátira aos reality shows, feito por um elenco de luxo, dos quais se destacam Gonçalo Waddington, Miguel Damião, Rui Unas, Roberto Leal, Luciana Abreu e Bruno Nogueira, autor do programa.  O programa, que funciona da mesma forma que qualquer outro reality show, garante uma noite divertida a quem o vê, ora nas galas de nomeação ora nas galas de expulsão. É um programa que definitivamente recomendo, e que cumpre bem o seu papel.

Portugal Tal e Qual
Este programa é interpretado por João Paulo Rodrigues e Pedro Alves, a.k.a. Quim Roscas e Zeca Estacionâncio. Confesso que vi este programa apenas uma vez, mas pelo que conheço do trabalho dos autores (leia-se Telerural e a famosa música da Comunidade 26), sei que está aqui mais um trabalho de qualidade. Este "é um programa que faz um retrato sociológico do país atual, conduzido por pessoas sem a mínima formação e credibilidade, resultando num estudo social capaz de envergonhar António Barreto" (seja esse quem seja). Basicamente, é um retrato humorístico da nossa sociedade - que já passa por ridícula na sua forma inalterada.

Herman 2011
Este programa, que já terminou, era uma aposta diferente no humor. Era um programa de um dos formatos de humor mais comuns da actualidade - o talk-show humorístico - apresentado por um óptimo comunicador considerado o pai do humor português - Herman José. Embora o seu humor já não esteja tão apurado como nos seus tempos dourados, continua a dar para passar um bom bocado, nomeadamente pelos momentos de conversa.

Cinco para a Meia Noite
Este programa, neste momento em pausa entre temporadas, é um dos que menos conheço - e só descobri há relativamente pouco tempo que dava à meia noite e vinte. Apresentado por cinco humoristas, um para cada dia da semana, é outro programa que recaí no formato de talk-show humorístico. Pelo pouco que vi parece-me que também cumpre o seu papel na grelha televisiva.

Canal Q
O canal Q é um canal exclusivo do MEO da produtora Produções Fictícias, e é dedicado exclusivamente ao humor. Não vale a pena falar de todos os programas - porque são muitos e não vejo a grande maioria deles. Mas fazem parte deste canal nomes bem conhecidos do humor português, como Rui Unas, Nuno Markl, Vasco Palmeirim...

Na Rádio

Manhãs da Comercial
Posso falar por falta de conhecimento, mas penso que o humor na rádio esteja neste momento no programa da manhã da Rádio Comercial. Por três motivos. O primeiro, a equipa espantosa que faz este programa - Pedro Ribeiro, Vanda Miranda, Vasco Palmeirim e Nuno Markl - que conseguem fazer da pausa entre duas músicas um momento para rir. O segundo, as músicas "originais" de Vasco Palmeirim, que são simplesmente geniais. O terceiro, e um dos principais, a rubrica de Nuno Markl, Caderneta de Cromos, que já visitei aqui. Cada momento passado a ouvir este programa é um momento bem passado.

Na Imprensa

Boca do Inferno
Desta vez sei que de certeza peco por falta de conhecimento, haverá de certeza muitos mais blocos de humor fenomenais na imprensa portuguesa. Mas este tem definitivamente de ser referido. Boca do Inferno é o nome das crónicas semanais escritas na revista Visão por Ricardo Araújo Pereira (sim, o alto dos Gato). Este senhor faz isto de forma espectacular: ele escreve humor inteligente. Não só aquele humor fácil, mas principalmente humor que requer compreensão. Sempre excelente. Ah, e caso não se recordem, já visitei essas crónicas aqui.

Na Internet

Fora da Box
Não, não me enganei a categorizar esta "série". Fora da Box é, não nos deixemos enganar, publicidade, e é divulgada principalmente na rede das redes. Mas publicidade da bem feita. É uma série de humor, interpretada pelos Gato Fedorento e por Rui Unas, entre outros, e garanto-vos que garante boas gargalhadas. É caso para dizer "não tropeces no coiso".

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Harry Potter e o Final Épico: Parte Wow

Aviso
Este post contém spoilers. Ou vai conter assim que o acabar e publicar. Portanto, se ainda não viram o filme ou leram o livro e ainda não sabem que o Harry Potter morre, não leiam este post.
Ah. E ainda não viram o filme? A sério? De que planeta são?

Como vocês devem saber, eu sou um fã da saga Harry Potter. Já li cada livro pelo menos umas 4 ou 5 vezes em português e estou a percorre-los agora em inglês, e já vi cada filme no mínimo duas vezes, sem falar em algumas conversas que tenho com um certo alguém. Mas não foi disso que vos vim aqui falar.

Fui, há uns dias, antes de todos vocês (sim, fui à meia noite de quarta para quinta), ver o último filme da tão aclamada saga - Harry Potter e os Talismãs da Morte Parte II. Caramba, acabou! Dez anos disto e já acabou. Lá estou eu a mudar de assunto. Voltando ao que me trouxe aqui: achei o filme espetacular, grandioso, "epic times four" (Emma Watson). Por tudo e mais  alguma coisa nele. Vou começar pelo bom e passar aos defeitos.

O Global
O filme está bom. Tem um bom início, um bom meio, um bom fim. Tem boas cenas de acção, cenas comoventes e os seus momentos de comédia lá pelo meio. O filme não é tão escuro como alguns dos outros, o que acho um ponto positivo.  O 3D em algumas partes era inútil, tenho de confessar. Foi um filme que superou todas as minhas expectativas, e achei que havia cenas mesmo espectaculares. Que estavam contadas da forma certa, e mostradas no ecrã de forma espectacular.

As Cenas Geniais
Houve três cenas e um momento que achei geniais.
O momento foi o há muito aguardado beijo entre o Ron e a Hermione. Em primeiro, porque contradiz todas as regras cinematográficas de beijos: uma longa espera, um aproximar de lábios, só passados uns segundos é que as personagens se agarram... Este beijo está feito de forma totalmente diferente. Passa-lhes ums onda gigante por cima, olham um para o outro por muitos breves segundos, e agarram-se e beijam-se no momento a seguir. Está excelente!
A cena seguinte que achei genial foi a das memórias do Snape. Não só por conhecermos um novo lado desta personagem, mas principalmente do modo como a cena foi feita. As memórias que foram escolhidas, como foram filmadas, como foram montadas. Excelente também.
A segunda cena que achei muito bem feita foi a cena em que o Harry está meio-morto. Não a tinha imaginado desta forma quando li o livro, mas está muito melhor assim. Cinco pontos (no mínimo) para a malta dos efeitos especiais e outros cinco para quem idealizou o cenário desta forma. Esta forma mística de representar a estação está mesmo muito boa. E o diálogo também foi muito bem idealizado, as falas do Dumbledore muito bem escolhidas. Uma das cenas que acho brilhantes.
E a última é a última. O epílogo. Eu já conhecia a história, mas conseguiram surpreender-me. Principalmente pela forma como filmaram e encadearam a cena. Os "pais" só aparecem na altura necessária, e têm a caracterização também excelente. Tem também a sua dose de momentos comoventes (aliás, todo o epílogo o é). E faz um fim voltando ao início, fazendo assim um "ciclo" e dando vontade de rever todos os 8 filmes desde o início.

Os lapsos!
É verdade, há muitos lapsos neste filme! Obviamente não consegui reparar em todos, mas houve uma coisa que notei clara falta: a decisão que o Harry toma em decisão à varinha. No livro, ele usa a varinha de sabugueiro para reparar a sua, e deixa a do Dumbledore onde ela pertence, ficando apenas com o manto que era dele por direito. No filme, ele simplesmente a parte e atira para o meio do nada! Onde está o afecto aqui?
E houve também um corte notório no que toca à cena do beijo. A reacção do Harry ao beijo era genial!

A minha nota: a máxima.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Por mais que a vida nos agarre...

Estas férias, houve uma música que me chamou a atenção. Uma música que já conhecia há algum tempo, mas que desta vez me chamou de forma diferente. A música era um reflexo exacto do que eu sentia, um poema muito melhor do que qualquer um que eu seria capaz de escrever naquele momento, mas com o exacto mesmo conteúdo. Ouvi a música e pensei: este sou eu.

Imortais
Mafalda Veiga

Por mais que a vida nos agarre assim
Nos troque planos sem sequer pedir
Sem perguntar a que é que tem direito
Sem lhe importar o que nos faz sentir

Eu sei que ainda somos imortais
Se nos olhamos tão fundo de frente
Se o meu caminho for por onde vais
A encher de luz os meus lugares ausentes

É que eu quero-te tanto
Não saberia não te ter
É que eu quero-te tanto
É sempre mais do que eu te sei dizer
Mil vezes mais do que eu te sei dizer

Por mais que a vida nos agarre assim
Nos dê em troca do que nos roubou
Às vezes fogo e mar, loucura e chão
Ás vezes só a cinza que sobrou

Eu sei que ainda somos muito mais
Se nos olhamos tão fundo de frente
Se a minha vida for por onde vais
A encher de luz os meus lugares ausentes

É que eu quero-te tanto
Não saberia não te ter
É que eu quero-te tanto
É sempre mais do que eu te sei dizer
Mil vezes mais do que eu te sei dizer

É que eu quero-te tanto
Não saberia não te ter
É que eu quero-te tanto
É sempre mais do que eu te sei dizer
Mil vezes mais do que eu te sei dizer
Mil vezes mais do que eu te sei dizer



domingo, 3 de julho de 2011

Sim, mas o quê?

Hoje está a acontecer uma coisa que já não me acontecia há algum tempo, embora nessa altura fosse comum. Sinto que quero escrever, sinto que tenho que escrever. Mas não sei o quê.

Aaaaah, o velho sentimento de saber que há alguma coisa que têm de sair, que tem de passar cá para fora. Que o blogue tem de voltar a ter o seu uso original: "Um contentor para depositar a minha mágoa e a minha deprimência. Um caderno onde escrevo quando preciso de deixar em algum lado a minha dor e o meu sofrimento."

Há muito que tem de sair. Há, tem de haver, senão não sentia este peso. Mas não sei o quê. Nem sei a quem o diga. Porque há coisas que não podem ser ditas ou escritas.

E principalmente porque não sei.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Este sou eu. Mas quem?

Até hoje, tenho usado este blogue para, através de prosas, poesias, músicas e parvoíces, dizer quem sou eu. Mas, claro, quem sou eu para mim.

Falta agora saber se a mensagem chegou. Quem sou eu para ti?

Tens agora a hipótese de responder a esta pergunta, numa experiência inédita nunca antes vista em rádio. Abaixo deste fenomenal parágrafo, com oitenta e cinco palavras, tens um não-tão-fenomenal formulário com quatro perguntas. A primeira pergunta, obrigatória, pede-te o teu nome, para saber quem és, e a segunda, opcional, o teu número de identificação civil. As outras duas perguntas são para saber o que achas de mim. Se responderes, habilitas-te a ganhar um prémio totalmente à escolha! (de entre uma montra que será posteriormente apresentada)


(A sério, não metam o número de BI, é a gozar!)