quinta-feira, 26 de maio de 2011

Cá de dentro...

Ultimamente tem acontecido um fenómeno que é, digamos invulgar.

Por várias vezes tentei escrever poemas, exprimir pela arte da rima o que pensava. Tinha temas, tinha títulos, tinha ideias. Mas faltavam a rima e as palavras.
Faltava-me inspiração. Faltava-me aquilo que desde sempre faz mover a minha caneta e escrever os meus versos, aquilo que desde sempre é fonte da minha poesia. Eu não consigo escrever o que penso - apenas o que sinto.

E parece que ultimamente não tenho sentido nada incomum que seja forte o suficiente para criar um novo texto. Não sei se é bom ou mau, sei que me impede de escrever.

Porque só escrevo de cá de dentro...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ilusão

Olhei de longe e vi ao fundo
Um objecto reluzente e brilhante
Fascinou-me tal visão
E nao cedi à tentação
De o tomar como meu dali em diante

Admirei-o por todos os lados
De todas as formas e jeitos
Tinha um tom metálico e amarelo
Tal objecto tão belo
Só podia ser do material de que os sonhos são feitos

Porém, num momento de razão
Analisei a fundo o meu tesouro
Era outro metal, igualmente vistoso,
E que ainda era, da sua forma, valioso
Mas nem tudo o que brilha é ouro.

domingo, 15 de maio de 2011

Get It Right [2]

What have I done? I wish I could run
Away from this ship goin’ under
Just tryin’ to help, hurt everyone
Now I feel the weight of the world is
On my shoulders

What can you do when your good isn’t good enough?
When all that you touch tumbles down?
‘Cause my best intentions keep making a mess of things
I just wanna fix it somehow

But how many it times will it take?
Oh, how many times will it take for me?
To get it right
To get it ri-igh-ight

Can I start again with my faith shaken?
‘Cause I can’t go back and undo this
I just have to stay and face my mistakes
But if I get stronger and wiser
I’ll get through this

What can you do when your good isn’t good enough?
When all that you touch tumbles down?
‘Cause my best intentions keep making a mess of things
I just wanna fix it somehow

But how many it times will it take?
Oh, how many times will it take for me?
To get it right
To get it ri-igh-ight

So I throw up my fist
I will punch in the air
And accept the truth that sometimes life isn’t fair
Yeah, I’ll send out a wish
Yeah, I’ll send up a prayer
And finally, someone will see
How much I care!

What can you do when your good isn’t good enough?
When all that you touch tumbles down?
‘Cause my best intentions keep making a mess of things
I just wanna fix it somehow

But how many it times will it take?
Oh, how many times will it take for me?
To get it right
To get it ri-igh-ight

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This Is Me.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O outro sentimento

Porque poesia é mais que a frente
Porque poesia é mais que amores
Há mais pessoas a quem devo dedicar
O que escrevo: a quem me tenta apoiar
A quem não sai dos bastidores

Quem vem ter comigo sem eu pedir
Quando sabem que estou uma lástima
Que sentem quando eu preciso
São quem põe um sorriso
Onde o amor deixou uma lágrima

São quem eu tenho no topo
Quem eu agradeço que no meu caminho tenham colocado
Se eu pudesse, muito mais vos falava
Mas só vos devo uma palavra:
Um longo, contínuo e sentido "Obrigado".

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A morte da rede social

Parece que hoje houve mais alguém (ou algo) que para mim morreu. Hoje foi o final da minha estadia no Facebook.

Não sei se é permanente ou temporário, mas nos próximos tempos não me verão na famosa rede social. Desactivei a minha conta no Facebook porque só me trazia tristeza e deprimência, e fora isso não me servia para nada. De deprimência e tristeza já estou eu farto, portanto não preciso mais.

Caso precisem de mim, podem-me encontrar no Twitter ou no MSN.

Por enquanto.

Ódio

«...e penso que a odiava realmente por isso.
Ou melhor, penso eu, odiava-me a mim próprio.»

Um Momento Inesquecível - Nicholas Sparks

[Vazio]

«Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta. »

Esta citação vem de um poema de Ricardo Reis. Eu apresentei esse poema numa das apresentações orais de Português de 10º ano, e este poema representava aproximadamente a minha posição na altura.

O porquê disto agora? Também não sei muito bem. Veio-me à cabeça quando estava a pensar como haveria de verbalizar este sentimento horrível que tenho agora. É uma mistura de amor, ódio, raiva, pena, arrependimento, tristeza, conquista, perda, confusão, solidão, "prisão". Que me leva a não saber que pensar e que fazer.

Estou farto desta porcaria. Porque fazem questão que eu leve com ela em cima?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Para a próxima, fico calado

Ainda ontem desabafei aqui sobre o meu cansaço e o seu motivo, bem como (e principalmente) sobre a sua mais feliz consequência.

Ora, como em todos os filmes de qualidade ranhosa e duvidosa, o que tinha temido (e, felizmente, conseguido evitar) até então voltou a manifestar-se na noite em que contei ao mundo que tinha andado a evitar.

Os sonhos não são nada de muito mau e estão mesmo muito longe de roçar o horrível. Mas, no meio de um sonho aparentemente normal, havia uma anilha que estava sempre junto ao saco-cama, ou num bolso, ou em cima de uma mesa - ao contrário da outra, que nunca saía do lenço (e que ela levava sempre ao peito).

Pequenos sinais que mostram em exagero o que é a minha realidade, e que assim sendo representam uma fatia da minha dor e do meu sofrimento. Só que, ao trazer ao de cima essa fatia, vem o resto do bolo atrás, pois este bolo é um todo e não consegue ser fatiado.

Cansado? Ainda. Mas agora já nem isso me ajuda.

Para a próxima, fico calado.

(E desculpem-me a analogia com bolos, mas escrevo este post enquanto tomo conta de uma banca cheia de bolos por causa de AP)

Felizmente cansado

Ultimamente, tenho tido compromissos há noite que me têm obrigado a ficar acordado até tarde. Assim sendo, durmo menos e durante o dia ando menos desperto e, portanto, mais cansado.

A questão principal é: estou feliz por isto. Os sonhos que tive nas noites anteriores a estas remetiam a minha mente a sítios e situações de que não gosto de me lembrar. Não porque retratavam momentos felizes e perfeitos (daqueles que são meramente fruto da nossa imaginação), mas porque representavam versões exageradas da dolorosa realidade - da minha realidade.

Como tenho pouco tempo de sono, tenho pouco tempo de sonho, e ao acordar não me lembro do que sonhei. Felizmente, já que, observando os antecedentes, estes sonhos não seriam os melhores para o meu (já degradado e deprimido) estado de espírito.

Felizmente cansado!