quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Era uma vez...


Uma noite como tantas outras, num dia como tantos outros (...). Dois amigos, rapaz e rapariga, conversavam como sempre o fazem e sempre o fizeram.
Veio a hora de dormir. Os dois despediram-se um do outro e, ele, como há muito queria fazer, deu-lhe um beijo leve no rosto. Ela, timidamente, fez o mesmo. Olharam-se uns momentos, olhando além do que se vê. Ao mesmo tempo, os dois começaram a aproximar-se até que os seus lábios se encontraram. Ficaram ali durante uma eternidade, que durou apenas uns segundos.
Ainda abraçados, afastaram os rostos e, olhando para o outro, sorriram, saboreando a alegria do momento que, apesar de já ter estado muito próximo, estava agora a milhas de distância.
Interpretando o sorriso dela, e percebendo que era genuíno, ele perguntou-lhe:
“(...) Queres namorar comigo?”
Ela, nesse momento, compreendeu o que sentia e, respondeu, enquanto mantinha o sorriso:
“Sim.”

Qualquer Coisa (adaptado)

(Eis mais uma das minhas ocupações de tempos livres. Ou, melhor, de tempos em que tenho muito que fazer mas não me apetece fazer nada.)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

"Tal como vós também eu vou sonhar"...

E esta noite, o indesejado voltou a acontecer. Depois de muito tempo sem isto, eles voltam a atacar em peso.

Depois de umas horas com a página de Nova Mensagem aberta... Desisto oficialmente deste post.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Apanhados no Divã


Neste post decidi fazer duas coisas que nunca foram feitas nesta coisa a que ainda tenho a lata de chamar blogue. A primeira é recomendar uma peça de teatro, a segunda é recomendar um produto Made in Barreiro (sort of).

Como quero escrever um resumo desta peça sem fazer muitos spoilers, e como sou fanático por spoilers (a Renesmee tem dois poderes: quebrar proteções e mostrar pensamentos, isto é, os poderes opostos dos pais!), vou optar por meter aqui a descrição tal como está no site da companhia.

No mesmo dia em que o Dr. Prentice entrevista uma candidata ao lugar de sua secretária, é visitado por um inspector do Governo (do ramo “mental”). A chegada do Sargento Match, envolvido num complexo inquérito policial, só vem complicar mais a vida do pobre psiquiatra. O que se passou no Hotel Central? Onde estão as partes desaparecidas de uma estátua de Sir Winston Churchill? Quem pára a Senhora Prentice? Quem é louco afinal? Não perca esta corrosiva subversão da comédia de boulevard!
Porque recomendo esta peça? Porque não tenho motivos para não o fazer. O texto é excelente, os atores estão excelentes, o cenário está excelente, está tudo excelente. Conseguiram pôr-me a rir duas horas seguidas - diz até quem estava comigo que era quem ria mais alto na sala.

Quanto a uma crítica decente e bem construída... não a vão encontrar aqui. Mas está uma muito boa neste artigo do Rostos. Concordo com ela em todos os aspetos, incluíndo com aquilo que diz acerca dos atores.

Portanto, se procuram umas horas de riso, a peça está em exibição Sextas e Sábados às 22h no teatro municipal do Barreiro, por uns meros 5€. Mas tentem reservar primeiro, nos últimos dias esteve esgotada.

Se moram no Barreiro e não a forem ver, estão a desperdiçar uma grande oportunidade.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Caderneta de Cromos Contra-Ataca


E acontece que volto a revisitar este mundo. Nuno Markl lançou, em Setembro, o segundo livro da rubrica Caderneta de Cromos.

Caderneta de Cromos Contra-Ataca contém mais cem dos textos de Markl nas manhãs da Comercial, textos esses em que ele revisita os anos 70 e 80.

Não sei que mais fale sobre isto, já falei quase tudo sobre este universo aqui. Ah, já sei! Este livro contém a hilariante edição com a página do diário de Vanda Miranda! É fantástico, é de rebolar a rir, se quiserem procurem na internet que devem encontrar.

Acrescento só que ainda não acabei de colar os cromos do primeiro livro, muito menos os deste. E, já agora, que já me devolveram o primeiro livro!

1 ano nesta coisa







Pelo que parece, fez um ano que estou nisto e não tinha reparado.

Foi dia 8 de Novembro de 2010 que abriu este blogue, com o nome de "Accidentally in Love", embora o primeiro texto relativamente de jeito do blogue, um poema escrito no final do caderno de Português, tenha sido postado só dia 22 de Novembro.

Portanto, parabéns ao blogue!

domingo, 13 de novembro de 2011

sábado, 12 de novembro de 2011

Pais natais do país em greve


Pais natais do país em greve

Decorreu este Sábado a primeira greve nacional de pais natais. Os homens que há anos vestem um casaco vermelho em ruas e centros comerciais, fazendo muitas crianças felizes, protestaram pela primeira vez contra as condiões de trabalho cada vez piores.

Os motivos da manifestação são, principalmente, estarem a começar o trabalho cada vez mais cedo, a trabalhar mais horas por dia e a terem fatos com tecidos de qualidade duvidosa. Segundo as declarações de um dos manifestantes, "cada vez tenho menos tempo para o meu emprego de resto do ano. Antes pegava ao trabalho só ao início de Dezembro, agora tenho começado cada vez mais cedo: este ano pediram que estivesse lá no início de Novembro. Parecendo que não, este mês de diferença era fundamental para tratar da papelada para quem me substitui na minha ausência".

Severino Moreira, pai natal no Centro Comercial Colombo há uma década e presidente do recém-formado sindicato dos Pais Natais, falou ao This is Me anteontem. "São tempos muito difíceis para a profissão", diz. "Embora adore meter as crianças a sorrir e me fascine com as histórias delas, o amor à profissão não compra o que é preciso para viver. Embora trabalhemos cada vez mais horas por dia, a paga por dia é menor, e agora até temos de trabalhar os fins-de-semana inteiros de Dezembro." O pai natal, que já escreveu um livro à custa da sua profissão, acrescenta ainda que "já era hora de nos manifestarmos".

A manifestação teve lugar em frente às sedes das duas principais gestoras de centro comerciais do país, a Sonae Sierra e a Multi Mall Management. Fontes da MMM afirmam que já estão em negociações com o sindicato, pois embora "o comércio Natalino esteja em crise, estes homens são os super-heróis das crianças nesta altura". A posição da Sonae, porém, é ainda desconhecida.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

E agora...

...de volta à programação habitual.

(Para bom entendedor, meia palavra basta.)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Quem me mandou? [2]

25 de Agosto. Eram 1h35 quando assinei um contrato que há muito esperava poder assinar. Era um contrato que traria vantagens para as duas partes, vantagens que ambas as partes já tinham procurado noutros sítios e ainda não tinham encontrado. O contrato foi assinado mas, como era demasiado cedo para ser assinado definitivamente, foi assinado a lápis. Seria assinado a caneta quando a parceria começasse a dar frutos.

Na semana seguinte, os dois outorgantes fizeram de tudo para que o acordo ficasse mais claro. Contudo, de repente, a outra parte (que não eu) começou a mostrar menos interesse no acordo. Deixou de responder aos e-mails, deixou de apresentar uma lista de vantagens todos os dias. E, gradualmente, este aparente desinteresse foi aumentando. E aumentando, e aumentando...

A certa altura, achei que se o contrato não trazia frutos não valia a pena estar de pé. Voltei a reunir com o segundo outorgante para tentar descobrir o que poderia estar a correr fora do planeado. Ambas as partes detectaram os erros e prometeram corrigi-los daqui para a frente.

A segunda parte voltou a falhar e isto repetiu-se várias vezes.

A certa altura eu, já farto da falta de frutos, decidi voltar a chamar a atenção da outra parte. Mas, desta vez, achei melhor apagar a assinatura que tinha deixado naquele contrato.

O outro outorgante não se manifestou.

Havia uma forma de este acordo voltar a ser assinado - quem estava em falha cumprir com o que deveria, e demonstrar-me o porquê de dever assinar este contrato.

Estou, desde então, à espera desta prova, para o poder assinar de novo e, desta vez, a caneta. Ou pelo menos assim espero.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A partida do líder


Apesar de ter dito que não previa posts lamechas para os próximos tempos, vai ter de ser. Porque o dia de hoje foi marcado pela morte (ontem à noite) de Steve Jobs.

Escusado será dizer quem era Steve Jobs. Todos o conhecem como co-fundador da Apple. E foi esse o papel que mais o destacou. Mas é importante também realçar que ele foi o grande impulsionador da Pixar.

Foi sempre esta a fórmula de sucesso de Jobs. Ele nunca inventava nada de origem. Ele reinventava. De forma radical. Isto funcionou com leitores de MP3, computadores, telemóveis e tablets, bem como com a animação. Mas tudo o que eu diga será pouco para descrever o legado de Steve - para isso consultem a página da Wikipedia sobre ele.

Steve Jobs era muito mais que um CEO. Ele era um visionário, um homem que se preocupava com os pormenores. E, acima de tudo, era mais que um líder, era o líder. Jobs chegou a interromper, uma vez, a sua baixa médica para apresentar uma keynote da Apple.

Depois de muito tempo a lutar contra um cancro no pâncreas, Jobs despediu-se do cargo de CEO da Apple em Agosto, sabendo que estava na hora certa para o fazer. E ontem, 5 de Outubro de 2011, deixou-nos. Mas não nos deixou de mãos a abanar, deixou a sua grande marca.

Sem ele, hoje não teria sabido deste acontecimento através do meu smartphone, não teria visto mais detalhes na minha tablet nem estaria a postar do meu iMac.

Houve muitas personalidades que deixaram uma mensagem de homenagem a Jobs. Entre personalidades do mundo da tecnologia, como Bill Gates, Mark Zuckerberg, os fundadores da Google, ou CEO da Disney, e personalidades de outras áreas, como os presidentes Barack Obama e Cavaco Silva.

Para mim, o "tio Steve" era (e continua a ser) uma inspiração. Tanto na área da informática, onde tento seguir os seus ensinamentos na área do design e da experiência de utilizador, como na área da liderança. Ele é o meu modelo para ser um excelente líder.

Descansa em paz, Steve. Querias mudar o mundo, e assim o fizeste.

Sent from my iMac.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

So Random!


So Random é uma série de TV do Disney Channel deste ano. Inicialmente um show-within-a-show, dentro de Sunny entre Estrelas, So Random é agora o seu próprio programa.

E o que é So Random? É um programa de comédia de sketches. Ou seja, não é uma daquelas séries convencionais, em que tudo tem uma sequência e uma história e tal. São simplesmente sketches aleatórios. (Aliás, daí o nome.)

Motivo porque recomendo? É cómico! Continuo a preferir os Gato Fedorento ou o xôr Markl, mas está muito bom. Há lá actores com muuito jeito para a coisa. E a maioria da comédia é simplesmente non-sense, o que também é muito bom de se ver de vez em quando. Recomendo mesmo.

Onde ver? No Disney Channel, fins de semana às 20h. Claro, na versão portuguesa. Que apesar de boa, não bate a inglesa. E, em inglês, há já 12 episódios, cá só 2.

Portanto, todos para o YouTube. Já!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Um novo TiM!


É o que estão a ver: depois do novo This is Me, veio o mesmo novo This is Me. Eu sei, fazer dois redesenhos neste curto espaço de tempo é de loucos. Mas o último não foi bem um redesenho - fui mais eu que me passei da cabeça.

O novo TiM assenta, graficamente, numa letra geometrica e simples, e em quadrados inclinados - para os mais interessados, segundo um ângulo de -7º.

Em termos de conceito, é mais ou menos o mesmo. Uma série de posts aleatórios, cujos temas são sorteados pela minha cabeça enquanto espero pelo metro, que tanto podem ser divertidos como lamechas (mas não esperem destes nos próximos tempos!). Se isto correr bem, podem esperar uma novidade no TiM que penso que vai agradar a todos!

Do lado direito do blogue (ali ->) têm uma espécie de navegação. Podem navegar entre as rubricas do site pelos seus ícones ou visitar os "parceiros". Vamos lá então explicar as rubricas!



Esta já é conhecida dos 2 leitores no meu blogue. Conhecida inicialmente como This is Me: And This is My Opinion, agora toma o nome simples de So What? e pode ser identificada pela sua cor e pelo seu ícone. Esta rubrica, de periodicidade quando-eu-quiser-al, é um conjunto de textos de opinião sobre qualquer assunto que venha a cabeça. E é isto.


Esta é uma adaptação de uma rubrica também ela antiga. Anteriormente conhecida como Prateleira da Semana, e anteriormente diária (excepto aos fins-de-semana), é agora uma rubrica que faço quando tiver algo para recomendar. Continuem a esperar recomendações de coisas sem interesse nenhum e com um resumo que não adianta de nada lerem!


Esta é nova! Basicamente é um So What? para novidades tecnológicas, mas com mais factos e menos opinião. Penso também fazer uns quantos hands-on (ou seja, um teste do aparelho em mãos) de aparelhos ultra-tecnológicos como... o corta-unhas! Ou a minha nova ASUS Transformer. Uma das duas.

Penso que é tudo. Desfrutem pessoal! E, claro, gostem do TiM no Facebook e sigam-me no Twitter!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

#JLCaloiro


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Diário de um Caloiro - Dia 0



3 horas de fila, 1 hora de matrícula, 2 contas bancárias, 73292 e muita papelada depois.

Hoje foi o começo de uma nova fase da minha vida académica. Melhor, corta o académica é uma nova fase da minha vida. E não foi bem o começo, foi a apresentação. Mas vamos começar pelo início.

Hoje era o dia destinado às matrículas do meu curso, a partie das 9h. Então lá fui eu, barco e metro - a minha nova rotina diária. Estava na faculdade - o Instituto Superior Técnico, para quem não sabe - antes das 9h e, assim que atravessei o portão, veio logo um comité de boas-vindas a perguntar-me se era de Biomédica. Disse que não, que era de Informática, e apareceram logo uns 4 ou 5 veteranos vestidos de preto e a segurar uma placa de cartão a dizer INFORMÁTICA. Esse grupo fez o favor de me marcar logo com uma pulseira verde a dizer “CALOIRO DA LEIC” e de me indicar o caminho para as matrículas.

A fila estava gigante, tanto que estive 3 horas à espera. Nessas 3 horas, passaram vários veteranos do meu curso (que me conheceram pela pulseira), que me foram dando várias, hum..., indicações. Falaram-me sobre o Pavão (um professor de lá, pelos vistos), ensinaram-me a contar em hexadecimal, e deram-me indicações sobre as pra... a praxe que iria decorrer na semana que vem.

Terminadas as 3 horas, entrei para o Salão Nobre, onde tratei de facto da matrícula. Neste passo fiquei com uma conta bancária na CGD e meia conta bancária no BPI, e só não fiquei também com uma no Santander porque recusei.

Ao sair do salão, um grupo de veteranos teve o prazer de me receber. Acabei com LEIC escrito na testa e 30+1 na bochecha. 20 pontos para quem acertar, nos comentários, no significado disto. E fiz ainda uma dancinha ridícula.

E foi isto. Agora é repetir diariamente.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Um novo TIM vem aí...


Este artigo foi escrito ao abrigo do acordo ortográfico. So what?



Este artigo foi escrito ao abrigo do acordo ortográfico

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 é um tratado internacional firmado em 1990 com o objetivo de criar uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países de língua oficial portuguesa. Foi assinado por representantes oficiais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990. Depois de recuperar a sua independência, Timor-Leste aderiu ao Acordo em 2004. O processo negocial que resultou no Acordo contou com a presença de uma delegação de observadores da Galiza.
O Acordo Ortográfico tem o objetivo explícito de pôr fim à existência de duas normas ortográficas oficiais divergentes, uma no Brasil e outra nos restantes países de língua oficial portuguesa, contribuindo assim, nos termos do preâmbulo do Acordo, para aumentar o prestígio internacional do português.

Terminada a introdução teórica da Wikipedia, vamos à opinião. Na minha opinião (cá esta) isto faz sentido. Ponto. O português é uma só língua. Mesmo que hajam diferenças na pronuncia não há motivos para haver diferença na escrita.

Vai custar a adaptação? Vai. E muito. Toda a nossa vida nos ensinaram a escrever de uma certa forma, para agora nos virem dizer que tudo está errado. Todos aqueles “falta aqui um C” ou “falta aqui um P” não fazem sentido agora. Mas, se formos bem a ver, aquele C e aquele P não faziam ali nada. Não se dizem, porque se escreviam?

E é esta a regra fundamental do acordo ortográfico: não se diz, não se escreve. Tão simples como isto.

Agora há que desmentir as duas falácias mais ditas. A primeira é “agora vamos ficar a escrever como os brasileiros, eles que mudassem a forma como escrevem”. Acontece que ambas as partes vão mudar a forma como escrevem. Tanto nós como eles temos alterações a fazer na forma como escrevemos. O objetivo, como já foi dito, é unificar a escrita. A outra frase é “temos de falar como os brasileiros”. Meus caros, acordo ortográfico! Só muda a forma como se escreve!

Sei que esta vai ser a minha opinião mais polémica. Mas eu voto sim a isto.

(Se bem que o meu voto não conta para nada, já está tudo decidido)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Se quiseres convida também a tua namorada. So what?



Ontem, não sabendo exatamente porquê, deu-me vontade de refletir sobre esta frase e submeter os 2 leitores deste blogue à tortura de conhecer o resultado. Não esperem um texto com muito conteúdo, é mais um Guia para vos ajudar a refletir sobre isto. E peço à Joana que não se ofenda com nada do que se segue.

Eu próprio, há uns dias, usei esta frase (e a frase “Se quiseres convida também o teu namorado”), mas só agora estou a pensar por que o fiz. Num dos casos, até era uma pessoa com quem embora me dê pouco, me dê bem, e portanto não seria problema nenhum (e até vim a gostar) a companhia dessa pessoa. Mas no outro caso nem por isso. O que me leva a pensar o que me fez dizer aquilo (eu sei, já disse isto).

Uma das hipóteses, e possivelmente a mais óbvia, será “para que o/a [nome] não se sinta tão sozinho/a” ou “se sinta melhor acompanhado/a”. É capaz, é provável. Mas, pensando bem, o/a [nome] está a ser convidado para algo onde de certeza estarão pessoas com quem se dá, logo não deverá ter esse problema. Poderá até acontecer o oposto: o/a “penetra” sentir-se alienado/a no grupo.

Outra das hipóteses, e possivelmente a mais certa, é a boa educação. Fica bem dizer isto. Também não sei bem porquê, mas fica. É uma daquelas “regras de boa educação”. Mas só para adolescentes, o resto da população interpreta automaticamente o convite como sendo para o casal. Vá-se lá a perceber a lamechice por detrás disto.

E se este convite for dirigido a nós, que devemos fazer? Será que a pessoa nos quer mesmo presentes? Será que foi só cortesia? Reflitam, e depois digam alguma coisa.

sábado, 10 de setembro de 2011

Explicando a vidência

Hoje chegou ao Facebook um "jogo" chamado Psychic, que mora aqui e que convém terem experimentado antes de aqui chegarem.

Ora bem, toca lá a desmistificar esta "vidência". É, na verdade, muito simples. Segundo as condições que nos pedem para fazer os cálculos, os resultados serão sempre 9 (para números entre 10 e 19), 18 (para números entre 20 e 29), 27 (para números entre 30 e 39), 36, 45, 54, 63, 72 e 81 (os números a que correspondem é seguir a lógica dos primeiros parêntesis). Se repararem, estes 9 números têm sempre o mesmo símbolo. Explicado.

O que faz a ilusão é que eles trocam os símbolos. Como existem 20 símbolos, basta trocarem a ordem dos símbolos para parecer diferente. Após uma análise não muito cuidada ao código do jogo, percebe-se facilmente o funcionamento. O jogo escolhe, aleatoriamente, um numero entre 1 e 14 e, conforme esse número, distribuí os símbolos de uma certa forma, mas fazendo com que aqueles 9 números seja sempre o mesmo símbolo entre si. No final, com base nesse número entre 1 e 14, o jogo sabe que símbolo mostrar.

Meus caros, não é vidência: é matemática.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Também quero o meu nome numa estação de Metro. So what?



Também quero o meu nome numa estação de Metro.

A PT, numa acção pioneira no mundo, adquiriu os naming rights de... Uma estação de Metro. A estação de Metro da Baixa-Chiado, agora oficialmente chamada de baixachiado PT bluestation, foi alvo de uma intervenção e, agora, a estação está iluminada de forma amiga do ambiente e em tons de azul, oferece Wi-Fi gratuito aos visitantes da estação e tem projectado nas paredes informações sobre a cidade de Lisboa.

Agora que já fiz a introdução teórica, vamos lá a analisar isto. Enquanto que lá fora se vendem naming rights de estádios, eventos, ligas de futebol, espécies novas de macacos, por aí. Cá, derivado da crise-económica-que-estamos-a-viver, compra-se o nome de uma estação de metro. Mas atenção, há que referir uma coisa importante: não foi uma empresa qualquer que comprou uma estação qualquer. Foi a mega-corporação PT que comprou uma das estações mais utilizadas do Metropolitano de Lisboa.

Apesar de tudo, é de louvar que ainda haja investimento nesta altura de crise. Fico à espera de, qualquer dia, ao voltar da faculdade, poder apanhar o metro na Alameda CTT Mailstation, apanhar o barco na Terreiro do Paço Continente ferryboardingstation e depois, cá apanhar o autocarro no Terminal Rodo-Ferro-Fluvial McDonald’s para poder sair na Tico-Tico ESSA foodbusstaion para ir ter com o pessoal. Não parece um mundo de sonho?

Por falar nisso, tenho aqui 10,59€ em caixa. Vou ali comprar a Oriente This Is Me Blogstation e volto já.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Applemaníaco, mas não tanto. So what?

Um conjunto de textos de opinião (ou, em bom rigor, crónicas) que serão publicados quando me apetecer sobre qualquer assunto que venha a cabeça. This is Me: And This is My Opinion, também conhecido como So what?.


Applemaníaco, mas não tanto. So what?

Cada vez mais hoje em dia há aquelas pessoas que se chamam Applemaníacos, isto é, os ultra-fãs da Apple, que veneram produtos Apple, desprezam todos os gadgets que não são Apple e têm Steve Jobs como seu Deus. Há que controlar estes exageros.
Excusado será dizer que eu gosto bastante da Apple: sou dono babado de um iMac e de um iPod nano. Mas sou também dono de um telemóvel Android e ando de olho numa tablet da mesma subespécie. Porque há mais coisas para dar valor a um produto que uma maçã mordida e a frase “Designed by Apple in California”
No que toca a computadores, o principal que torna um Mac um bom computador é o seu sistema operativo, o OS X, que supera o Windows em todos os campos. No que toca a iPods, é a “unicidade” de modelos e funcionalidades que a Apple oferece. No que toca a telemóveis... É verdade que o iOS é um bom sistema operativo e o iPhone possui um bom hardware. Mas encontramos muito semelhante no mercado Android, ainda com a vantagem que um Android pode ser comprado de acordo com o uso que o utilizador (cá está) lhe vai dar. O modelo do Android pode variar no tamanho do ecrã, no processador, na RAM, e consequentemente, no preço. Um iPhone será sempre um iPhone, quer para profissionais da indústria de vídeo quer para alguém que apenas quer um telemóvel para ir à net e tirar fotos. E no campo das tablets é semelhante, não vou repetir a lenga-lenga.
Ao mesmo tempo, é também verdade que o design da Apple e a simplicidade dos seus produtos é única. Os produtos têm um design minimalista e apelativo à vista e toda a gente é capaz de trabalhar com um Apple logo à primeira vez.
Porém, desprezar um telemóvel só porque é Android ou desprezar um computador só porque é Windows, sem primeiro o analisar e comparar, é algo estúpido. Applemaníaco? Talvez, mas não tanto.

YOUCAT



Ora bem, hoje apeteceu-me fazer aqui a review de um livro de que gosto bastante. Trata-se portanto de uma Prateleira de Hoje Apeteceu-me. Vou-me deixar de tretas e avançar com o post.

Conheci este livro em Madrid, nas JMJ. Fazia parte da mochila a edição espanhola deste livro (que está neste momento algures numa gaveta). Embora ao início tenha olhado para o livro com algum desprezo, num dos meus momentos anti-sociais decidi dar uma vista de olhos ao livro. E comecei a lê-lo, tanto que depois se tornou a minha companhia de leitura por lá. Ao regressar, soube que havia a versão portuguesa deste livro e decidi comprá-la.

O YOUCAT - Catecismo Jovem da Igreja Católica é uma adaptação do Catecismo da Igreja Católica à linguagem dos jovens de hoje. O livro está escrito sob a forma de (527) perguntas e respostas, organizadas por partes, capítulos e secções, para ser fácil de consultar. Estas perguntas estão escritas e respondidas com uma linguagem acessível (excluindo talvez a palavra vicissitudes) de forma a ser fácil de entender para os jovens.

Estas perguntas são acompanhadas por, nas margens, passagens bíblicas, citações e definições. Para além disto, e para fácil consulta, o livro tem no fim um índice de temas e nomes, para ser fácil encontrar o que se procura.

O livro tem também um design feito a pensar nos jovens. Está todo ilustrado com pequenos quase-stick figures e tem até uma animação para os momentos aborrecidos.

Um pequeno contra está na capa. Embora seja mais robusta e rígida que a da edição que nos ofereceram nas JMJ, começa a formar vincos com o uso. Portanto, não vale a pena mentir sobre se já leram o livro ou não.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

De novo de pé

Quando me perguntam "como estás"
Penso no que hei-de responder
A quem o quer saber
A minha resposta já não será igual
Mas, vendo bem, nem eu sei bem qual
Já me levantei e já lutei
Já tenho aquilo com que sonhei
É isso que me leva a perguntar
O que ainda me faz querer chorar
Por mais que tente perceber
Fico cada vez mais sem o saber
Deve ser de eu não conseguir acreditar
Por completo no que acabou de raiar
É possível, pelo menos eu acho
Mas por mais que me sinta em baixo
Há o que impeça o que antes se repetia:
Duas simples letras que recebo dia após dia

(o título do poema e o poema são uma "continuação" do poema De pé neste post)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Poemas estrangeiros

Aqui estão três poemas feitos lá fora, os dois primeiros em Kandersteg e o último em Madrid (que foi escrito num guardanapo).

Digo que não, juro-me que não

Digo que não, juro-me que não
Mas acaba sempre por acontecer
Digo que fico por acordado
Mas, sem ter sequer notado
Acabo sempre por adormecer

Digo que não, juro-me que não
Mas é sempre o mesmo sonho (e por vezes nem me deito)
Sonho que passeio de mão dada
Não com a amiga, mas com a namorada
Num mundo que me parece perfeito

Digo que não, juro-me que não
Mas é sempre isso que acredito
E por mais que seja expectativa criada
Sei perfeitamente que não é, na verdade, nada
E fico, por dentro, partido

Digo que não, juro-me que não
Mas quando acordo, e vejo o que está mesmo à frente
Fico de coração estilhaçado
E pareço uma pessoa diferente

Por Vezes

Por vezes fico a pensar
Em tudo o que me acontece
As conversas, as sensações
Os sentimentos e emoções
E tudo mais que me adormece

Por vezes preferia não ter sensações
Os tão conhecidos cinco sentidos
Preferia não ter visão, olfacto
Não ter gosto nem tacto
E que não entrasse um som nos meus ouvidos

Por vezes preferia não sentir
Não ser capaz de querer ou gostar
Mas aquilo que não queria
(E que acontece todo o dia)
Era ser capaz de amar

Segurança

Pensam muita coisa de mim
Porém isso não me importa
Muito me chamam em qualquer sítio onde vou
Mas sei perfeitamente quem e como sou
E é isso que me conforta

Pensam muita coisa de mim
Talvez até que não sei raciocinar
Mas sei que o sei fazer
Melhor que alguns que, ao escrever
Nem se lembram de pontuar

Pensam muita coisa de mim
Chegam até a chamar-me de atado
Mas sei que não corro esse perigo
Pois sou certamente mais íntegro
Que um traficante drogado

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Firmes na Fé

De volta de uma peregrinação para a qual  estava com muitas dúvidas se deveria ir, dou agora graças a ter lá estado presente.

Foram 5 dias que serviram para tornar mais forte a minha fé, para me aperceber que não estou sozinho, que há muitos mais milhares de jovens como eu. Que não são apenas os jovens de hoje que apostam na igreja, mas principalmente a igreja de hoje que aposta nos jovens. Que o futuro da igreja não está perdido, mas sim garantido. Que Deus existe, e que não pode ser de outra forma. Foram 5 dias que me fizeram ter a certeza do caminho que devo seguir.

Sou católico, acredito que Deus me ama e que enviou o seu filho para me salvar. E não tenho medo de o admitir. Eu e outro milhão de jovens, pelo menos.

Isto faz de mim parvo ou estúpido? Que faça. Como já disse, tenho mais um milhão do meu lado.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Confusão

Ontem à tarde queria escrever sobre uma coisa. Quando me fui deitar queria escrever sobre outra coisa. Quando acordei, queria escrever sobre ainda outra coisa. E, há umas horas, o assunto sobre o qual escreveria já era outra coisa totalmente diferente.

Neste momento, apenas vai confusão na minha cabeça. São demasiados problemas, demasiados inconvenientes, demasiadas dúvidas: e nenhuma solução. Não consigo dedicar a minha total atenção a nada, a minha mente divaga de um lado para outro, de problema em problema.

Certezas, sonhos, alimentação. (sim, parece ridículo, mas não é)

Nestas alturas, eu tenho a certeza que não devia pensar. Ou sentir.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

E agora, tenho medo...

Olhando para trás, e analisando os meus sonhos mais recentes, consigo notar um "padrão". Embora os sonhos sejam uma estupidez (e cada sonho uma estupidez diferente), têm havido duas pessoas, que aparecem em todos os sonhos, que se têm aproximado, e aproximado, e aproximado...

A questão é que, como já expliquei, estes sonhos mostram uma situação que nunca irá acontecer. Como tal, cada sonho traz uma nova desilusão, um novo motivo para não estar a cem por cento, mais uma razão para ter de continuar a repetir a todos os momentos "Esquece, não vai acontecer".

Se no último sonho houve uma declaração, o que acontecerá esta noite?

Esta noite...

Costa da Caparica. Tinha-se reunido um grupo para fazer uma espécie de pré-revolução contra o actual regime. O objectivo do dia era espalhar a mensagem ao máximo de pessoas possível, sem que nos encontrassem.

E lá fomos, cada um para seu lado. Percorri ruas, corredores de escritórios, salas de espera, hipermercados. De quando em vez cruzava-me com mais uns membros do grupo, que ajudava como todo a gosto a escapar a alguma situação ou a passar por alguma porta.

Tinha chegado a noite. A certa altura, ouvem-se comemorações. Certamente a missão tinha sido cumprida com sucesso. Decido então voltar ao ponto de encontro e, no caminho passo por um pequeno jardim, que consistia num espaço relvado com uma ou duas árvores. Aí estava ela. Digo-lhe olá e páro ali na relva, sentado, a fazer alguma coisa. A certa altura, apercebo-me que ela tinha estado a olhar para mim. "Gosto de te ver a fazer isso.", diz-me ela. Passado uns momentos, ela vira-se para mim e diz:

"João, gosto de ti."

quarta-feira, 20 de julho de 2011

"Como toda a gente eu vou sonhar"...

Segundo a definição e o senso comum, o acto de sonhar é algo que acontece durante o sono. Onde o nosso subconsciente nos mostra toda uma série de coisas, desde coisas que aconteceram a coisas que nunca aconteceram e provavelmente nunca irão acontecer.

Começo aqui a minha lista de queixas ao meu subconsciente (e espero que ele leia este blogue). Se são coisas que nunca vão acontecer, porque é que ele faz questão que passem pela minha cabeça? E se fossem coisas completamente disparatadas e sem significado, tudo bem. Agora coisas disparatadas MAS com significados não dá muito jeito.
Ah, e agradecia uma explicação para o facto de, entre todas as pessoas que conheço e já me cruzei com, haver uma pessoa que está sempre nos meus sonhos. A sério, quero uma explicação. É que a forma de essa pessoa aparecer pode-se limitar a um cameo, mas está sempre lá. Todas as noites. Há mesmo necessidade disto?

Mas as minhas queixas não acabam aqui, o meu subconsciente tem feito muita porcaria ultimamente. E esta queixa endereço também ao meu consciente, que deve ter uma parceria com o meu subconsciente ou assim. Não me bastam os sonhos disparatados a dormir, é mesmo preciso os sonhos não-disparatados que tenho quando estou acordado? É que se enquanto estou a dormir os sonhos não me incomodam, enquanto estou acordado deixam algum rasto. E ainda por cima o sonho é sempre o mesmo: vejo sempre uma situação que quero mas sei que nunca acontecerá. E, uma vez mais, lá aparece a tal pessoa. Há mesmo necessidade disto?

Caso o meu subconsciente venha ler isto, agradeço de facto umas quantas explicações, de prefêrencia para o meu e-mail.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Calhou.

Existe um espaço na Internet que peca por não ter uma categoria onde entre. Não é um blogue, embora pareça, não é um diário, não é um fotolog, não é um jornal, não é um site.
Peca também por não ter um tema que o caracterize. Não é sobre desporto, sobre cinema, sobre música, sobre fotografia, sobre televisão, sobre saúde, sobre informática, sobre electrónica, sobre lamechices dos autores, sobre vampiros nem sobre feiticeiros.
E peca ainda por ser escrito por duas pessoas cujas conversas conseguem ser ainda mais esquisitas do que este conceito de espaço na Internet.
É um espaço que fala exactamente sobre tudo e mais alguma coisa e simultaneamente de nada de concreto. Um blogue diferente, ousado, descontextualizado e simplesmente ridículo. Um blogue que ofende os outros blogues por se chamar de blogue. Um blogue que não é, nunca foi e nunca será.
So Random.

Humor em Portugal: um ponto de situação feito por um gajo que tenta ter piada mas não consegue.

hu.mor
  1. forma de entretenimento e de comunicação humana
  2. qualidade cómica ou absurda de uma situação, que a torna engraçada

Nestes momentos de anunciada crise (tanto económica como de valores), não há nada que caia melhor a um português do que uma boa gargalhada. O que temos nós por cá para nos ajudar a cumprir esse objectivo? Vou, uma vez mais, armar-me em crítico sem qualificações e fazer um ponto da situação.

Na Televisão

Neste momento, o humor que há na televisão portuguesa encontra-se em 3 canais: os 2 canais da RTP e o canal Q, exclusivo da MEO.

Último a Sair
A fórmula deste programa é muito simples: é um reality show... que é ficção. É uma sátira aos reality shows, feito por um elenco de luxo, dos quais se destacam Gonçalo Waddington, Miguel Damião, Rui Unas, Roberto Leal, Luciana Abreu e Bruno Nogueira, autor do programa.  O programa, que funciona da mesma forma que qualquer outro reality show, garante uma noite divertida a quem o vê, ora nas galas de nomeação ora nas galas de expulsão. É um programa que definitivamente recomendo, e que cumpre bem o seu papel.

Portugal Tal e Qual
Este programa é interpretado por João Paulo Rodrigues e Pedro Alves, a.k.a. Quim Roscas e Zeca Estacionâncio. Confesso que vi este programa apenas uma vez, mas pelo que conheço do trabalho dos autores (leia-se Telerural e a famosa música da Comunidade 26), sei que está aqui mais um trabalho de qualidade. Este "é um programa que faz um retrato sociológico do país atual, conduzido por pessoas sem a mínima formação e credibilidade, resultando num estudo social capaz de envergonhar António Barreto" (seja esse quem seja). Basicamente, é um retrato humorístico da nossa sociedade - que já passa por ridícula na sua forma inalterada.

Herman 2011
Este programa, que já terminou, era uma aposta diferente no humor. Era um programa de um dos formatos de humor mais comuns da actualidade - o talk-show humorístico - apresentado por um óptimo comunicador considerado o pai do humor português - Herman José. Embora o seu humor já não esteja tão apurado como nos seus tempos dourados, continua a dar para passar um bom bocado, nomeadamente pelos momentos de conversa.

Cinco para a Meia Noite
Este programa, neste momento em pausa entre temporadas, é um dos que menos conheço - e só descobri há relativamente pouco tempo que dava à meia noite e vinte. Apresentado por cinco humoristas, um para cada dia da semana, é outro programa que recaí no formato de talk-show humorístico. Pelo pouco que vi parece-me que também cumpre o seu papel na grelha televisiva.

Canal Q
O canal Q é um canal exclusivo do MEO da produtora Produções Fictícias, e é dedicado exclusivamente ao humor. Não vale a pena falar de todos os programas - porque são muitos e não vejo a grande maioria deles. Mas fazem parte deste canal nomes bem conhecidos do humor português, como Rui Unas, Nuno Markl, Vasco Palmeirim...

Na Rádio

Manhãs da Comercial
Posso falar por falta de conhecimento, mas penso que o humor na rádio esteja neste momento no programa da manhã da Rádio Comercial. Por três motivos. O primeiro, a equipa espantosa que faz este programa - Pedro Ribeiro, Vanda Miranda, Vasco Palmeirim e Nuno Markl - que conseguem fazer da pausa entre duas músicas um momento para rir. O segundo, as músicas "originais" de Vasco Palmeirim, que são simplesmente geniais. O terceiro, e um dos principais, a rubrica de Nuno Markl, Caderneta de Cromos, que já visitei aqui. Cada momento passado a ouvir este programa é um momento bem passado.

Na Imprensa

Boca do Inferno
Desta vez sei que de certeza peco por falta de conhecimento, haverá de certeza muitos mais blocos de humor fenomenais na imprensa portuguesa. Mas este tem definitivamente de ser referido. Boca do Inferno é o nome das crónicas semanais escritas na revista Visão por Ricardo Araújo Pereira (sim, o alto dos Gato). Este senhor faz isto de forma espectacular: ele escreve humor inteligente. Não só aquele humor fácil, mas principalmente humor que requer compreensão. Sempre excelente. Ah, e caso não se recordem, já visitei essas crónicas aqui.

Na Internet

Fora da Box
Não, não me enganei a categorizar esta "série". Fora da Box é, não nos deixemos enganar, publicidade, e é divulgada principalmente na rede das redes. Mas publicidade da bem feita. É uma série de humor, interpretada pelos Gato Fedorento e por Rui Unas, entre outros, e garanto-vos que garante boas gargalhadas. É caso para dizer "não tropeces no coiso".

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Harry Potter e o Final Épico: Parte Wow

Aviso
Este post contém spoilers. Ou vai conter assim que o acabar e publicar. Portanto, se ainda não viram o filme ou leram o livro e ainda não sabem que o Harry Potter morre, não leiam este post.
Ah. E ainda não viram o filme? A sério? De que planeta são?

Como vocês devem saber, eu sou um fã da saga Harry Potter. Já li cada livro pelo menos umas 4 ou 5 vezes em português e estou a percorre-los agora em inglês, e já vi cada filme no mínimo duas vezes, sem falar em algumas conversas que tenho com um certo alguém. Mas não foi disso que vos vim aqui falar.

Fui, há uns dias, antes de todos vocês (sim, fui à meia noite de quarta para quinta), ver o último filme da tão aclamada saga - Harry Potter e os Talismãs da Morte Parte II. Caramba, acabou! Dez anos disto e já acabou. Lá estou eu a mudar de assunto. Voltando ao que me trouxe aqui: achei o filme espetacular, grandioso, "epic times four" (Emma Watson). Por tudo e mais  alguma coisa nele. Vou começar pelo bom e passar aos defeitos.

O Global
O filme está bom. Tem um bom início, um bom meio, um bom fim. Tem boas cenas de acção, cenas comoventes e os seus momentos de comédia lá pelo meio. O filme não é tão escuro como alguns dos outros, o que acho um ponto positivo.  O 3D em algumas partes era inútil, tenho de confessar. Foi um filme que superou todas as minhas expectativas, e achei que havia cenas mesmo espectaculares. Que estavam contadas da forma certa, e mostradas no ecrã de forma espectacular.

As Cenas Geniais
Houve três cenas e um momento que achei geniais.
O momento foi o há muito aguardado beijo entre o Ron e a Hermione. Em primeiro, porque contradiz todas as regras cinematográficas de beijos: uma longa espera, um aproximar de lábios, só passados uns segundos é que as personagens se agarram... Este beijo está feito de forma totalmente diferente. Passa-lhes ums onda gigante por cima, olham um para o outro por muitos breves segundos, e agarram-se e beijam-se no momento a seguir. Está excelente!
A cena seguinte que achei genial foi a das memórias do Snape. Não só por conhecermos um novo lado desta personagem, mas principalmente do modo como a cena foi feita. As memórias que foram escolhidas, como foram filmadas, como foram montadas. Excelente também.
A segunda cena que achei muito bem feita foi a cena em que o Harry está meio-morto. Não a tinha imaginado desta forma quando li o livro, mas está muito melhor assim. Cinco pontos (no mínimo) para a malta dos efeitos especiais e outros cinco para quem idealizou o cenário desta forma. Esta forma mística de representar a estação está mesmo muito boa. E o diálogo também foi muito bem idealizado, as falas do Dumbledore muito bem escolhidas. Uma das cenas que acho brilhantes.
E a última é a última. O epílogo. Eu já conhecia a história, mas conseguiram surpreender-me. Principalmente pela forma como filmaram e encadearam a cena. Os "pais" só aparecem na altura necessária, e têm a caracterização também excelente. Tem também a sua dose de momentos comoventes (aliás, todo o epílogo o é). E faz um fim voltando ao início, fazendo assim um "ciclo" e dando vontade de rever todos os 8 filmes desde o início.

Os lapsos!
É verdade, há muitos lapsos neste filme! Obviamente não consegui reparar em todos, mas houve uma coisa que notei clara falta: a decisão que o Harry toma em decisão à varinha. No livro, ele usa a varinha de sabugueiro para reparar a sua, e deixa a do Dumbledore onde ela pertence, ficando apenas com o manto que era dele por direito. No filme, ele simplesmente a parte e atira para o meio do nada! Onde está o afecto aqui?
E houve também um corte notório no que toca à cena do beijo. A reacção do Harry ao beijo era genial!

A minha nota: a máxima.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Por mais que a vida nos agarre...

Estas férias, houve uma música que me chamou a atenção. Uma música que já conhecia há algum tempo, mas que desta vez me chamou de forma diferente. A música era um reflexo exacto do que eu sentia, um poema muito melhor do que qualquer um que eu seria capaz de escrever naquele momento, mas com o exacto mesmo conteúdo. Ouvi a música e pensei: este sou eu.

Imortais
Mafalda Veiga

Por mais que a vida nos agarre assim
Nos troque planos sem sequer pedir
Sem perguntar a que é que tem direito
Sem lhe importar o que nos faz sentir

Eu sei que ainda somos imortais
Se nos olhamos tão fundo de frente
Se o meu caminho for por onde vais
A encher de luz os meus lugares ausentes

É que eu quero-te tanto
Não saberia não te ter
É que eu quero-te tanto
É sempre mais do que eu te sei dizer
Mil vezes mais do que eu te sei dizer

Por mais que a vida nos agarre assim
Nos dê em troca do que nos roubou
Às vezes fogo e mar, loucura e chão
Ás vezes só a cinza que sobrou

Eu sei que ainda somos muito mais
Se nos olhamos tão fundo de frente
Se a minha vida for por onde vais
A encher de luz os meus lugares ausentes

É que eu quero-te tanto
Não saberia não te ter
É que eu quero-te tanto
É sempre mais do que eu te sei dizer
Mil vezes mais do que eu te sei dizer

É que eu quero-te tanto
Não saberia não te ter
É que eu quero-te tanto
É sempre mais do que eu te sei dizer
Mil vezes mais do que eu te sei dizer
Mil vezes mais do que eu te sei dizer



domingo, 3 de julho de 2011

Sim, mas o quê?

Hoje está a acontecer uma coisa que já não me acontecia há algum tempo, embora nessa altura fosse comum. Sinto que quero escrever, sinto que tenho que escrever. Mas não sei o quê.

Aaaaah, o velho sentimento de saber que há alguma coisa que têm de sair, que tem de passar cá para fora. Que o blogue tem de voltar a ter o seu uso original: "Um contentor para depositar a minha mágoa e a minha deprimência. Um caderno onde escrevo quando preciso de deixar em algum lado a minha dor e o meu sofrimento."

Há muito que tem de sair. Há, tem de haver, senão não sentia este peso. Mas não sei o quê. Nem sei a quem o diga. Porque há coisas que não podem ser ditas ou escritas.

E principalmente porque não sei.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Este sou eu. Mas quem?

Até hoje, tenho usado este blogue para, através de prosas, poesias, músicas e parvoíces, dizer quem sou eu. Mas, claro, quem sou eu para mim.

Falta agora saber se a mensagem chegou. Quem sou eu para ti?

Tens agora a hipótese de responder a esta pergunta, numa experiência inédita nunca antes vista em rádio. Abaixo deste fenomenal parágrafo, com oitenta e cinco palavras, tens um não-tão-fenomenal formulário com quatro perguntas. A primeira pergunta, obrigatória, pede-te o teu nome, para saber quem és, e a segunda, opcional, o teu número de identificação civil. As outras duas perguntas são para saber o que achas de mim. Se responderes, habilitas-te a ganhar um prémio totalmente à escolha! (de entre uma montra que será posteriormente apresentada)


(A sério, não metam o número de BI, é a gozar!)

domingo, 26 de junho de 2011

Quem me mandou?

Estava eu, uma vez mais, a viver de forma comum. Uma vida sem muitos altos e baixos, só com as situações permanentes que já se tornaram rotina.
Ora, de repente, começam a haver pequenas alterações na minha vida pacata e regular. Houve um alguém que se começou a dar comigo mais que o normal, a querer estar comigo mais que o normal, a ter comigo conversas fora do habitual. Eu comecei a sonhar. Subi, subi, subi... e acabei por cair. De alto. Por ter sonhado algo que era evidentemente fantasia.
A vida continuou, com a diferença que, apesar da queda, continuava mais próximo desse alguém. E assim continuou, pacata e rotineira. Até ao dia em que, de novo, senti esse alguém a aproximar-se mais de mim. A querer estar mais, a confiar mais, a fazer tudo o que já fazia de forma mais chegada e, pela primeira vez, mostrou colocar o interesse pela nossa amizade acima de outros valores e vontades, num processo de decisão. Desta vez não queria cair, ainda estava consciente da última vez, sabia que era apenas uma amizade e não conseguia acreditar no contrário - embora várias pessoas mo dissessem.
Contudo, de um dia para o outro, voltei a acreditar. Voltei a sonhar, voltei a ter esperança, voltei a ficar feliz com o pequeno e pouco intenso LED que se acendia ao fundo do comprido, estreito e escuro túnel. Fiz como todos os outros e limitei-me a ver o que me estava à frente, esquecendo o que estava escondido nas entranhas da memória. E assim foi: sonhei e subi, subi, subi, subi...
E, no mesmo dia, caí. De mais alto. Caí porque a cegueira me impediu de ver o que era óbvio e eu próprio via no dia anterior. Porque fui estúpido e impedi que a razão participasse das minhas "decisões".
Um pequeno sinal mostrou-me que tudo o que sonhara não passava de isso mesmo, de um sonho permanente que tenho sempre que estou acordado.

Sonhar, subir, ter esperança. Quem me mandou?

domingo, 12 de junho de 2011

Regresso a casa...

Hoje foi um dia incomum.

Foi hoje o dia da POEMÁLIA.URBE, um evento para divulgar a arte no Barreiro. E eu, que tinha sido seleccionado, lá estava, com dois poemas para ler. Era o quarto da lista, e nessa altura os nervos vieram ao de cima. Pensei várias vezes se teria feito a coisa certa ao enviar os meus textos, se não estaria melhor no anonimato.

Lá chegou a minha vez. (Daquela vez que chegou mesmo.) Levantei-me, cheguei-me ao microfone, li os meus poemas, aplaudiram-me e sentei-me de novo. Foi isto. Três minutos de tempo de antena.

Feito isto, volto ao meu recanto, ao meu buraco escondido, que é este blogue. Estou de regresso a casa.

sábado, 4 de junho de 2011

Afinal parece que escrevo bem

O dia de ontem tinha de tudo para ser normal. Até chegar a casa às 19h - tinha recebido um e-mail do Bairro dos Artistas.

Para quem não sabe, o Bairro dos Artistas é uma organização que, há um mês, lançou um concurso de textos de prosa e poesia. Eu entrei, com os poemas que escolheram nos "Prémios TiM": "Penso e repenso" e "Olho para tempos remotos".

O e-mail que recebi dizia que tinha sido seleccionado para mostrar a minha poesia no POEMALIA.URBE, um evento que vai acontecer no Forum Barreiro no dia 12, pelas 14h.

Quero portanto deixar os meus agradecimentos a vocês, leitores, que não só me apontam as falhas, como também me sabem dizer os melhores e me fazem querer continuar. E claro, congratular a minha vizinha/irmã do Frágil Inocência, que recebeu o mesmo e-mail.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Cá de dentro...

Ultimamente tem acontecido um fenómeno que é, digamos invulgar.

Por várias vezes tentei escrever poemas, exprimir pela arte da rima o que pensava. Tinha temas, tinha títulos, tinha ideias. Mas faltavam a rima e as palavras.
Faltava-me inspiração. Faltava-me aquilo que desde sempre faz mover a minha caneta e escrever os meus versos, aquilo que desde sempre é fonte da minha poesia. Eu não consigo escrever o que penso - apenas o que sinto.

E parece que ultimamente não tenho sentido nada incomum que seja forte o suficiente para criar um novo texto. Não sei se é bom ou mau, sei que me impede de escrever.

Porque só escrevo de cá de dentro...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ilusão

Olhei de longe e vi ao fundo
Um objecto reluzente e brilhante
Fascinou-me tal visão
E nao cedi à tentação
De o tomar como meu dali em diante

Admirei-o por todos os lados
De todas as formas e jeitos
Tinha um tom metálico e amarelo
Tal objecto tão belo
Só podia ser do material de que os sonhos são feitos

Porém, num momento de razão
Analisei a fundo o meu tesouro
Era outro metal, igualmente vistoso,
E que ainda era, da sua forma, valioso
Mas nem tudo o que brilha é ouro.

domingo, 15 de maio de 2011

Get It Right [2]

What have I done? I wish I could run
Away from this ship goin’ under
Just tryin’ to help, hurt everyone
Now I feel the weight of the world is
On my shoulders

What can you do when your good isn’t good enough?
When all that you touch tumbles down?
‘Cause my best intentions keep making a mess of things
I just wanna fix it somehow

But how many it times will it take?
Oh, how many times will it take for me?
To get it right
To get it ri-igh-ight

Can I start again with my faith shaken?
‘Cause I can’t go back and undo this
I just have to stay and face my mistakes
But if I get stronger and wiser
I’ll get through this

What can you do when your good isn’t good enough?
When all that you touch tumbles down?
‘Cause my best intentions keep making a mess of things
I just wanna fix it somehow

But how many it times will it take?
Oh, how many times will it take for me?
To get it right
To get it ri-igh-ight

So I throw up my fist
I will punch in the air
And accept the truth that sometimes life isn’t fair
Yeah, I’ll send out a wish
Yeah, I’ll send up a prayer
And finally, someone will see
How much I care!

What can you do when your good isn’t good enough?
When all that you touch tumbles down?
‘Cause my best intentions keep making a mess of things
I just wanna fix it somehow

But how many it times will it take?
Oh, how many times will it take for me?
To get it right
To get it ri-igh-ight

<a href="http://www.youtube.com/watch?v=1_LBp1CFlM4?hl=en"><img src="http://www.gtaero.net/ytmusic/play.png" alt="Play" style="border:0px;" /></a>

This Is Me.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O outro sentimento

Porque poesia é mais que a frente
Porque poesia é mais que amores
Há mais pessoas a quem devo dedicar
O que escrevo: a quem me tenta apoiar
A quem não sai dos bastidores

Quem vem ter comigo sem eu pedir
Quando sabem que estou uma lástima
Que sentem quando eu preciso
São quem põe um sorriso
Onde o amor deixou uma lágrima

São quem eu tenho no topo
Quem eu agradeço que no meu caminho tenham colocado
Se eu pudesse, muito mais vos falava
Mas só vos devo uma palavra:
Um longo, contínuo e sentido "Obrigado".

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A morte da rede social

Parece que hoje houve mais alguém (ou algo) que para mim morreu. Hoje foi o final da minha estadia no Facebook.

Não sei se é permanente ou temporário, mas nos próximos tempos não me verão na famosa rede social. Desactivei a minha conta no Facebook porque só me trazia tristeza e deprimência, e fora isso não me servia para nada. De deprimência e tristeza já estou eu farto, portanto não preciso mais.

Caso precisem de mim, podem-me encontrar no Twitter ou no MSN.

Por enquanto.

Ódio

«...e penso que a odiava realmente por isso.
Ou melhor, penso eu, odiava-me a mim próprio.»

Um Momento Inesquecível - Nicholas Sparks

[Vazio]

«Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta. »

Esta citação vem de um poema de Ricardo Reis. Eu apresentei esse poema numa das apresentações orais de Português de 10º ano, e este poema representava aproximadamente a minha posição na altura.

O porquê disto agora? Também não sei muito bem. Veio-me à cabeça quando estava a pensar como haveria de verbalizar este sentimento horrível que tenho agora. É uma mistura de amor, ódio, raiva, pena, arrependimento, tristeza, conquista, perda, confusão, solidão, "prisão". Que me leva a não saber que pensar e que fazer.

Estou farto desta porcaria. Porque fazem questão que eu leve com ela em cima?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Para a próxima, fico calado

Ainda ontem desabafei aqui sobre o meu cansaço e o seu motivo, bem como (e principalmente) sobre a sua mais feliz consequência.

Ora, como em todos os filmes de qualidade ranhosa e duvidosa, o que tinha temido (e, felizmente, conseguido evitar) até então voltou a manifestar-se na noite em que contei ao mundo que tinha andado a evitar.

Os sonhos não são nada de muito mau e estão mesmo muito longe de roçar o horrível. Mas, no meio de um sonho aparentemente normal, havia uma anilha que estava sempre junto ao saco-cama, ou num bolso, ou em cima de uma mesa - ao contrário da outra, que nunca saía do lenço (e que ela levava sempre ao peito).

Pequenos sinais que mostram em exagero o que é a minha realidade, e que assim sendo representam uma fatia da minha dor e do meu sofrimento. Só que, ao trazer ao de cima essa fatia, vem o resto do bolo atrás, pois este bolo é um todo e não consegue ser fatiado.

Cansado? Ainda. Mas agora já nem isso me ajuda.

Para a próxima, fico calado.

(E desculpem-me a analogia com bolos, mas escrevo este post enquanto tomo conta de uma banca cheia de bolos por causa de AP)

Felizmente cansado

Ultimamente, tenho tido compromissos há noite que me têm obrigado a ficar acordado até tarde. Assim sendo, durmo menos e durante o dia ando menos desperto e, portanto, mais cansado.

A questão principal é: estou feliz por isto. Os sonhos que tive nas noites anteriores a estas remetiam a minha mente a sítios e situações de que não gosto de me lembrar. Não porque retratavam momentos felizes e perfeitos (daqueles que são meramente fruto da nossa imaginação), mas porque representavam versões exageradas da dolorosa realidade - da minha realidade.

Como tenho pouco tempo de sono, tenho pouco tempo de sonho, e ao acordar não me lembro do que sonhei. Felizmente, já que, observando os antecedentes, estes sonhos não seriam os melhores para o meu (já degradado e deprimido) estado de espírito.

Felizmente cansado!

sábado, 30 de abril de 2011

Novos poemas

Tenho, desta vez, toda uma série de poemas para aqui postar. Vamos a eles, sem mais demoras.

Dois Dois

Conheço duas pessoas
Que em nada são iguais
Uma tem-me como amigo
Outra quer-me de castigo
Mas não sei com qual eu estou mais

A primeira conhece-me há anos
E sempre fomos bons amigos (mas só isso!)
É aquela que gosta de comigo estar,
E com quem costumo rir, conversar e brincar
De quem não espero nada mais que isso

A outra mal sabe que eu existo
E, para comigo, a palavra de ordem é "desprezo"
Evita a todo o custo comigo estar
Diz que gosta de me ver sofrer e chorar
De quem estou livre, mas simultaneamente tão preso

Qual não é o meu espanto quando um dia
Enquanto eu estava "numa boa"
Veio uma pessoa que me contou
Uma verdade que me chocou:
Ambas são a exacta mesma pessoa

Gosto

Gosto de pensar
Gosto de lembrar
Gosto de imaginar
Gosto de reviver
Gosto de falar
Gosto de conversar
Gosto de confiar
Gosto de conviver
Gosto de brincar
Gosto de estar
Gosto de querer
Gosto de gostar
Gosto de amar
Gosto de chorar
Gosto de sofrer

Frontal

Deixo de lado as metáforas
As analogias e historiazinhas
Se eu me considero gente,
Tenho de saber falar de frente
E é o que vou fazer nestas linhas

Das outras vezes que falei para ti
Julgaste ser para ninguém
E mesmo quando, num poema fora do habitual,
O teu nome escrevi na vertical
Não o viste (nem tu nem ninguém)

Repito, desta vez mais directo,
Que te dirijo tudo o que tenho escrito
Porque, mesmo que o não queira fazer,
Costumas ser fonte do meu sofrer
E disso não te culpo (só um bocadito...)

Sugiro que releias tudo, que te faça reflectir
Enquanto eu fico a pensar na minha sina
Termino com a verdade que nunca gostaste de ouvir
Amo-te...

Vocábulo


Tenho sentido algo estranho
Que não sei do que se trata
Ando à procura de definição
Para esta sensação
De que há sempre algo em falta

É um querer estar mais que querer estar
Um querer ter irracional
Uma ausência que esvazia
Um vazio digno de poesia
Um precisar mais que fundamental

Procurei no inglês, francês e alemão
Porém nao encontrei nome para esta necessidade
Foi só na língua portuguesa
Que descobri como chamar a esta fraqueza:
Saudade

De pé

Quando me perguntam "como estás"
Penso no que hei-de afirmar
A quem me está a perguntar
Nem bem nem mal,
Simplesmente normal
Estranha quem vê
E até eu pergunto porquê
Vejo que não tenho tudo o que queria
"Porque não queres", alguém diria
Esse alguém tem razão
Está na hora de te mexeres João!
Sair do sofá, levantar-me da cadeira
Quer seja fim-de-semana ou alguma-feira
Pôr-me de pé e ir à luta
Lutar pelos verdadeiros e contra os filhos da...
E, perante quem me quer ver cair,
Aguentar de pé e sorrir
Mostrar que, apesar de não quererem saber de mim
Eu estou bem assim
Que há quem esteja comigo quando preciso
(Porque também luto por isso)
E, nessa altura, qu
ando "como estás" alguém me diz,
Poderei responder "Estou óptimo, sou feliz!"

Tempestade (escrito em plenos Jogos da Primavera)

Diz a sabedoria popular
Que depois da tempestade vem a bonança
Embora às vezes se confirme tal,
Não é caso geral
É, por vezes, apenas falsa esperança

Não vale a pena ficar preso a isso
Nem sequer é recomendado
Viver sobre uma suposição
Só traz desilusão
E deixa qualquer um desanimado

Embora já me tenha cansado de esperar,
E só me traga sensações más
Por mais que tente
Por mais que o queira outra gente
De mudar não sou capaz

(comentem se faz favor, quero saber a vossa opinião)

Porque é que a rubrica Prateleira da Semana nunca funcionaria do This is Me?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Porque é que a rúbrica ... nunca iria dar certo no This Is Me?



Irei inaugurar hoje a rubrica Porque é que a rubrica ... nunca iria dar certo no This is Me?.

Esta rubrica surgiu de uma forma muito estúpida. Eu queria inaugurar uma nova coluna aqui no blogue, mas todas as que me lembrava ou que gostaria de fazer, por alguma razão, não iriam resultar. E surge assim esta série. Parvo, não é?

Começo já em breve com uma edição peculiar: Porque é que a rubrica Prateleira da Semana nunca iria dar certo no This Is Me?.

Espero que gostem!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Prémios TiM



Sejam bem-vindos à primeira edição dos Prémios TIM! Ora bem, o que é isto? É uma forma bonita e sofisticada de vos pedir ajuda para escolher os meus melhores textos.

Passa-se o seguinte: eu preciso de seleccionar os meus dois melhores textos deste blogue, sejam eles poesia ou prosa, por uma causa que já identifiquei a alguns amigos e identificarei posteriormente a todos vocês.

Para manifestarem o vosso voto, basta ligarem para o 760 basta deixarem um comentário com aqueles que vocês acham ser os dois melhores textos do blogue. O que ganham com isso? Um belíssimo faqueiro de 76 peças Nada. Mas agradecia imenso que o fizessem.

Conto convosco!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Morada

Nestes últimos dias tenho tido tempo de sobra (e até demais) para olhar à minha volta e ver o mundo. Vá, vejo só uma área à minha volta.

Vejo que todos caminham para um sitio onde ficarão melhor e onde as preocupações, dores e sofrimentos ficam para trás. Onde, com a ajuda dos seus mais próximos, alcançarão tudo o que sempre quiseram e procuraram. Onde, fora dos sonhos, tudo continua perfeito e ornado de todas as cores. Onde os estúpidos e os filhos da *tosse* não os fazem cair, nem sequer nos fazem desequilibrar, e são eles que caem quando os empurram. Um sítio onde passam de pedra solta a rochedo firme, capazes de se aguentarem e servirem de suporte e apoio à todos os que escorregam entre as restantes pedras soltas.

A felicidade, não sei porquê, preferiu não vir bater à minha porta. Apesar de ter batido a todas as portas do meu prédio, não bateu à minha. Não sei se foi erro de revisão, mas deixo aqui o aviso: mora cá gente.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

#069

Ora bem, este post será, assim que o publicar, o post 69. Como é óbvio, só posso dedicar este post a uma coisa: ao ICTHUS 2010.

O ICTHUS começou numa Sexta à noite, na estação de comboios do Barreiro. A numerosíssima lista de elementos para o acampamento consistia em 6 elementos da Castor, 1 elemento da Girafa e 2 elementos da Canguru. O problema começou assim que chegámos ao check-in - não era possível inscrever equipas com 9 elementos. A solução foi fazer uma 2ª equipa, de 4 elementos, com o Guia Eterno (como é tradição chamar-lhe) e os não-Castores.

Ora bem, na manhã de Sábado, o guia da Castor (Gonçalo) foi ver qual era a nossa colocação na lista de equipas, para saber a que horas partiríamos para raid. O primeiro impulso dele, assim que chegou à lista, foi "Vamos ver quem é a equipa 69." Qual não é o espanto dele quando a equipa 69 (melhor, 069) era... exactamente, a Castor do 927. E ficámos amaldiçoados para todo o acampamento.

Partimos então para raid, e até correu bem. A resposta à pergunta "Qual é o número da vossa equipa?" era sempre seguida por uns risinhos da parte da chefia do posto, e chegou até a ser recebida com algumas piadas nada-puras ("69 é um número par").

Bem, não me alargarei muito mais sobre o ICTHUS, pois o resto não são propriamente histórias alegres de se contar. Posso, e devo, é colocar a música do ICTHUS - "Margem Sul State of Mind".



Ah, e o ICTHUS 2011 aproxima-se. Quero ver a Raúl Solnado no TOP 10! Pensando bem, vamos trabalhar para o Top 9.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Três

Reza a lenda dos tempos antigos
Que havia três inseparáveis amigos
Lutavam pelos mesmos ideiais
E quando juntos, eram os tais
Em tudo o que faziam eram os primeiros
Esta é a história dos três mosqueteiros

Mas conto-vos a história de outra perspectiva
Não de quem a veja, mas de quem a viva
Havia um mosqueteiro que, nos seus papéis,
Entre planos de combate e cartas dos admiradores fiéis,
Guardava uma carta sua, temendo o seu fim
Esse documento dizia assim:

«Sei que como inseparáveis se habituaram a nos olhar
Mas não é bem isso que vejo deste lado
Vejo dois de nós que conversam sem parar
E um que fica sempre de parte, como que desprezado
Falta saber se é intenção ou falta do que falar,
Se será apenas coincidência, ou se será o meu fado»

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Destinatário

Caminho pela vida, sempre a subir
Acompanhado por uma multidão
Rumo a um lugar onde melhor me hei-de sentir
Onde sei que nem todos chegarão

Lentamente, vão ficando pelo caminho
Indíviduos que não quiseram comigo continuar
Não os castigo, é a forma como vejo, sozinho,
Aqueles com quem posso verdadeiramente contar

(agora venha o que tiver de vir...)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Ensaio sobre os colegas de turma (ou como não trabalhar em grupo)

Vou aproveitar o meu recanto (que, por acaso, é livre desta espécie) para deixar aqui alguns reparos.

Como sabem, este ano tenho a disciplina de Área de Projecto. Derivado da minha espantosa popularidade na turma e do enorme afecto que todos sentem por mim (é recíproco e não me incomoda mesmo nada), fiquei no grupo das "sobras". Isto é, formaram-se dois grupos e os alunos que sobraram formaram o terceiro grupo.

Acontece que dentro deste grupo há um parzinho que se individualiza. E esse parzinho, composto por duas raparigas, faz tudo como se elas fossem o grupo, e não parte do grupo. Fazem tudo como querem e como julgam ser melhor, e sempre que têm de ser tomadas decisões, tomam as nossas ideias e alternativas como sendo problemas e não soluções. Não nos avisam das decisões/informações importantes para o trabalho e, à custa disso, fazem-nos esperar e fazem com que não saibamos o que se passa com o trabalho.

E depois ainda nos culpam de o trabalho não correr bem.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Olho para tempos remotos

Olho para tempos remotos
E recordo-me de uma criança
Que surgiu de uma pequena saudação
Que se tornou numa conversação
E terminou sendo uma dança

Recordo-me de todo o carinho
Que foi preciso para a criar
Brincar com ela, dar-lhe de comer
Fazer te tudo para a ver crescer
Torná-la algo de que nos pudéssemos orgulhar

Lembro-me, infelizmente, do que se passou
Quando um dos pais, sem piedade
E talvez sem noção do que fazia
Fugiu, destruindo o que menos queria:
A criança a quem chamámos amizade

Para ti

Escrevi um poema num mural
Na esperança que chegasse até ti
Embora pudesses lá passar na tua jornada
Optaste sempre por outra estrada
Mas disso só depois me apercebi

Deixei-te um bilhete no cacifo
Para que lá fosses, porém,
Embora tenhas lido o que te escrevi
Não percebeste que era para ti
Julgavas que escrevia para ninguém

Tentei deixar-te mais um sinal
Dizendo que escrevia para ti
Terminei, mas quando ia indicar
Para quem estava a falar
Fiquei assustado, e não consegui

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Dizem que o silêncio é de ouro

Dizem que o silêncio é de ouro
Eu, pessoalmente, penso que não
São estes momentos sombrios
Que originam os momentos vazios
Que se tornam momentos de reflexão

Tento não acreditar e fingir que ouço
Meto-me então à escuta:
Embora tente não esquecer no que acreditava
Não ouço nem uma palavra
E não sou capaz de ir à luta

Tento pensar que é só desta vez
Mas sei que muitas mais virão
Isto não me deixa contente
Mas faz-me consciente
Que sou apenas um num milhão

De olhos fechados

Olho à minha volta e vejo o mundo
Todo ele é perfeito e ornado de todas as cores
Tudo como quero e desejo
Entre o aperto de um abraço e o calor de um beijo
Um mundo sem contrariedades e dissabores

Estou rodeado apenas por boas pessoas
E todas elas sem segundas intenções
Não guardam maldade nem ressentimentos
Sabem dizer para onde apontam os seus sentimentos
Um mundo sem imperfeições

Não há problemas de comunicação
Tanto com pessoas como com a mente
Não é preciso ler sinais ou atitudes
Conhecemos logo defeitos e virtudes
Um mundo onde é-nos tudo dito de frente

E, mais importante que tudo isto
Reconhecemos o que deveria ser irreconhecível
Quem é um verdadeiro amigo
Que há-de estar sempre contigo
Um mundo onde o ser humano não é desprezível

Olho à minha volta e vejo o mundo
Todo ele ornado de forma ideal
Sem sofrimento, incerteza ou dor
De repente, toca o despertador
Acordo, desperto de um sonho e torno ao mundo real

Tom de voz

Olho à minha volta e vejo o mundo. Porém, olho pela janela e vejo que o mundo não é bem como o vejo.

Vejo a verdade que tenho evitado ver, porque queria viver num mundo onde tudo fosse perfeito e ornado de cor-de-rosa. Quando abro os olhos, esse mundo desfaz-se em pó e vejo o mundo real. O mundo onde as coisas não são como quero nem como espero, mas onde as coisas são como são. E, nesse mundo, as coisas são da forma que mais me mete em baixo mas como, no fundo, sempre soube que eram.

Resta-me saber como vou reagir a estas mudanças no meu mundo. Se reagirei sozinho, ou se serei impulsionado a elevar o meu tom de voz.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Penso e repenso

Penso e repenso tudo o que me lembro,
Tudo aquilo que me consigo recordar.
Sei perfeitamente
Que a mente não mente,
Mas ficaria melhor se conseguisse não pensar.

Penso e repenso tudo o que me lembro,
Embora só em sofrimento consiga pensar:
Como qualquer um que sente
Não fico indiferente,
E é nessa altura que me ponho a chorar.

Penso e repenso tudo o que me lembro,
E por mais obstáculos que tenha de enfrentar,
Sejam mares e rios,
Ou simplesmente momentos vazios,
Ao olhar para esses momentos
Vejo o que tem sido oculto pelos sofrimentos:
Tenho sempre quem me ajude a atravessar.

(Escrito na aula de Português de 4 de Abril de 2011)

sábado, 2 de abril de 2011

Momentos vazios

Há um grande mal nos momentos vazios, pelo menos a meu parecer. Nesses momentos, à falta do que mais fazer, ponho-me a pensar e a reflectir. E, normalmente, a reflexão leva à depressão.

Reflecti, uma vez mais, sobre as minhas relações. A forma como me dou com as pessoas e como as pessoas se dão comigo. Apercebi-me que, sempre que há mais alguém, eu sou passado para segundo plano. Sirvo apenas para quando não está mais ninguém - e para casos de emergência. Que, apesar de dizerem que "gostam muito de mim" e que "estou no Top 3", não falam comigo e não sabem porquê. Que sou apenas, digamos, um recurso.

Vendo bem, é só uma pessoa. E uma pessoa a quem, aparentemente, dou mais importância do que devia.