
Pais natais do país em greve
Decorreu este Sábado a primeira greve nacional de pais natais. Os homens que há anos vestem um casaco vermelho em ruas e centros comerciais, fazendo muitas crianças felizes, protestaram pela primeira vez contra as condiões de trabalho cada vez piores.
Os motivos da manifestação são, principalmente, estarem a começar o trabalho cada vez mais cedo, a trabalhar mais horas por dia e a terem fatos com tecidos de qualidade duvidosa. Segundo as declarações de um dos manifestantes, "cada vez tenho menos tempo para o meu emprego de resto do ano. Antes pegava ao trabalho só ao início de Dezembro, agora tenho começado cada vez mais cedo: este ano pediram que estivesse lá no início de Novembro. Parecendo que não, este mês de diferença era fundamental para tratar da papelada para quem me substitui na minha ausência".
Severino Moreira, pai natal no Centro Comercial Colombo há uma década e presidente do recém-formado sindicato dos Pais Natais, falou ao This is Me anteontem. "São tempos muito difíceis para a profissão", diz. "Embora adore meter as crianças a sorrir e me fascine com as histórias delas, o amor à profissão não compra o que é preciso para viver. Embora trabalhemos cada vez mais horas por dia, a paga por dia é menor, e agora até temos de trabalhar os fins-de-semana inteiros de Dezembro." O pai natal, que já escreveu um livro à custa da sua profissão, acrescenta ainda que "já era hora de nos manifestarmos".
A manifestação teve lugar em frente às sedes das duas principais gestoras de centro comerciais do país, a Sonae Sierra e a Multi Mall Management. Fontes da MMM afirmam que já estão em negociações com o sindicato, pois embora "o comércio Natalino esteja em crise, estes homens são os super-heróis das crianças nesta altura". A posição da Sonae, porém, é ainda desconhecida.
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