terça-feira, 18 de outubro de 2011

Quem me mandou? [2]

25 de Agosto. Eram 1h35 quando assinei um contrato que há muito esperava poder assinar. Era um contrato que traria vantagens para as duas partes, vantagens que ambas as partes já tinham procurado noutros sítios e ainda não tinham encontrado. O contrato foi assinado mas, como era demasiado cedo para ser assinado definitivamente, foi assinado a lápis. Seria assinado a caneta quando a parceria começasse a dar frutos.

Na semana seguinte, os dois outorgantes fizeram de tudo para que o acordo ficasse mais claro. Contudo, de repente, a outra parte (que não eu) começou a mostrar menos interesse no acordo. Deixou de responder aos e-mails, deixou de apresentar uma lista de vantagens todos os dias. E, gradualmente, este aparente desinteresse foi aumentando. E aumentando, e aumentando...

A certa altura, achei que se o contrato não trazia frutos não valia a pena estar de pé. Voltei a reunir com o segundo outorgante para tentar descobrir o que poderia estar a correr fora do planeado. Ambas as partes detectaram os erros e prometeram corrigi-los daqui para a frente.

A segunda parte voltou a falhar e isto repetiu-se várias vezes.

A certa altura eu, já farto da falta de frutos, decidi voltar a chamar a atenção da outra parte. Mas, desta vez, achei melhor apagar a assinatura que tinha deixado naquele contrato.

O outro outorgante não se manifestou.

Havia uma forma de este acordo voltar a ser assinado - quem estava em falha cumprir com o que deveria, e demonstrar-me o porquê de dever assinar este contrato.

Estou, desde então, à espera desta prova, para o poder assinar de novo e, desta vez, a caneta. Ou pelo menos assim espero.

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