
Este artigo foi escrito ao abrigo do acordo ortográfico
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 é um tratado internacional firmado em 1990 com o objetivo de criar uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países de língua oficial portuguesa. Foi assinado por representantes oficiais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990. Depois de recuperar a sua independência, Timor-Leste aderiu ao Acordo em 2004. O processo negocial que resultou no Acordo contou com a presença de uma delegação de observadores da Galiza.
O Acordo Ortográfico tem o objetivo explícito de pôr fim à existência de duas normas ortográficas oficiais divergentes, uma no Brasil e outra nos restantes países de língua oficial portuguesa, contribuindo assim, nos termos do preâmbulo do Acordo, para aumentar o prestígio internacional do português.
Terminada a introdução teórica da Wikipedia, vamos à opinião. Na minha opinião (cá esta) isto faz sentido. Ponto. O português é uma só língua. Mesmo que hajam diferenças na pronuncia não há motivos para haver diferença na escrita.
Vai custar a adaptação? Vai. E muito. Toda a nossa vida nos ensinaram a escrever de uma certa forma, para agora nos virem dizer que tudo está errado. Todos aqueles “falta aqui um C” ou “falta aqui um P” não fazem sentido agora. Mas, se formos bem a ver, aquele C e aquele P não faziam ali nada. Não se dizem, porque se escreviam?
E é esta a regra fundamental do acordo ortográfico: não se diz, não se escreve. Tão simples como isto.
Agora há que desmentir as duas falácias mais ditas. A primeira é “agora vamos ficar a escrever como os brasileiros, eles que mudassem a forma como escrevem”. Acontece que ambas as partes vão mudar a forma como escrevem. Tanto nós como eles temos alterações a fazer na forma como escrevemos. O objetivo, como já foi dito, é unificar a escrita. A outra frase é “temos de falar como os brasileiros”. Meus caros, acordo ortográfico! Só muda a forma como se escreve!
Sei que esta vai ser a minha opinião mais polémica. Mas eu voto sim a isto.
(Se bem que o meu voto não conta para nada, já está tudo decidido)
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