É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;»
Luís de Camões
Não se pode dizer que seja novo nisto, mas cada ver percebo mais o "contentamento descontente" de que Camões fala.
Todos os momentos com "aquela" pessoa são sempre bons, mais que bons, óptimos. São sempre um momento ganho e uma motivação para o resto do dia.
Contudo, ao mesmo tempo, a certeza de que esta é uma batalha perdida faz com que esses momentos sejam, simultaneamente, de tristeza e dor, e que percam parte da sua magia.
É, portanto, um contentamento descontente. Uma alegria imensa que é assombrada pela derrota nesta batalha.
Soa estranho? Sim. Mas é real.
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