quinta-feira, 5 de maio de 2011

Para a próxima, fico calado

Ainda ontem desabafei aqui sobre o meu cansaço e o seu motivo, bem como (e principalmente) sobre a sua mais feliz consequência.

Ora, como em todos os filmes de qualidade ranhosa e duvidosa, o que tinha temido (e, felizmente, conseguido evitar) até então voltou a manifestar-se na noite em que contei ao mundo que tinha andado a evitar.

Os sonhos não são nada de muito mau e estão mesmo muito longe de roçar o horrível. Mas, no meio de um sonho aparentemente normal, havia uma anilha que estava sempre junto ao saco-cama, ou num bolso, ou em cima de uma mesa - ao contrário da outra, que nunca saía do lenço (e que ela levava sempre ao peito).

Pequenos sinais que mostram em exagero o que é a minha realidade, e que assim sendo representam uma fatia da minha dor e do meu sofrimento. Só que, ao trazer ao de cima essa fatia, vem o resto do bolo atrás, pois este bolo é um todo e não consegue ser fatiado.

Cansado? Ainda. Mas agora já nem isso me ajuda.

Para a próxima, fico calado.

(E desculpem-me a analogia com bolos, mas escrevo este post enquanto tomo conta de uma banca cheia de bolos por causa de AP)

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