









Ontem, ao rever um dos meus mais recentes filmes de eleição (Prateleira de 3a, n percam), apercebi-me pela primeira vez da extraordinária sonoridade de uma música - uma música que da primeira vez que ouvi achei que só roubava tempo ao filme.
Como curioso que sou, saquei logo do telemóvel e usei uma daquelas aplicações que identifica a música que está a tocar.
Fui, depois, ouvir a música de novo. Atentar na letra e na melodia.
É uma música que me faz sentir alegre e triste. Uma música que me recorda os bons momentos e também os maus. Que me faz lembrar o quanto estás comigo e também o quanto não o fazes. Que me faz chorar de tristeza por "não te ter", mas também me faz chorar de alegria quando me lembro que não é bem assim e que tenho em ti uma das minhas melhores amigas.
A música é mágica, não dá para o negar.
(Até porque este post ia ser um post triste, mas acabou por não o ser. Por estar a ouvir a música num loop constante. E penso que percebem o meu uso da segunda pessoa e a quem me refiro.)
"...to be only yours I pray..."



Eu não gosto de esperar para dormir. Portanto, quando chego à cama, arranjo qualquer coisa para fazer, e penso. Penso em todas aquelas coisas que normalmente me fazem deprimido e me arrancam pedaços do coração que saem sob a forma de lágrimas (sim, já escrevi isto).
Hoje, curiosamente, penso mas não reajo. Os pensamentos "nem me aquecem nem me arrefecem". Não são tão dramáticos como habitual. Hoje só penso, não interpreto.
Porque será?






Quando se está uma hora e meia sem se conseguir dormir, os pensamentos começam a divagar.
Começam por ser os ligeiros e superficiais pensamentos do costume. Mas a mente precisa algo mais para ser alimentada e começa a ir mais fundo. Vai cada vez mais fundo, até chegar às questões que não deveriam sequer ser pensadas.
E quando a mente chega a esse ponto, começa a arrancar pedaços do coração. Pedaços esses que, individualmente, e após longo processo de meditação, vão saindo do corpo pela forma de lágrimas.
No fim, fica um enorme buraco no peito que nos impede de amar, e nos obriga a pensar só com a mente.
É que as decisões mais importantes não são tomadas com a mente, mas sim com o coração.
Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de sofrimento?
Lágrimas de dor,
Lágrimas de quem já está farto de sofrer,
Lágrimas de quem não sabe contornar o sofrimento,
Lágrimas de quem não sabe o que é ser feliz,
Lágrimas de quem não sabe o que pensar,
Lágrimas de quem descobriu uma faceta nova da sua vida,
Lágrimas de quem não sabe analisar os seus sentimentos,
Lágrimas de quem descobriu que está preso na sua actual maneira de ser,
Lágrimas de um eterno "sozinho",
Lágrimas de quem não sabe como julgar as atitudes dos outros,
Lágrimas de quem só tem uma certeza: a de que NADA mudará.
Sempre achei fascinante a quantidade de pessoas que toma a iniciativa de falar comigo. Nao digo tanto fora de casa, principalmente em casa.
Ora bem, tenho Messenger, Facebook e dois telemoveis - um dos quais com aqueles tarifarios onde as comunicações saem a custo 0. Contudo, todas estas coisas nunca tocam. Nunca ninguém me diz nada a não ser que eu puxe conversa.
Voltando a reflectir sobre a mesma.coisa, será que estes meios de comunicação fazem mesmo falta? Ou servem só para me deprimir?
Que se lixe a evolução tecnológica! [2]
(Este post não é dirigido a ninguém em particular e não pretendo magoar ninguém com ele.)